Comportamento

Audiência pública debate emergência climática no Rio Grande do Sul

reunião ocorrida na tarde desta segunda-feira (18), no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa.

Foto: Celso Bender / Divulgação.
Foto: Celso Bender / Divulgação.

O estado de emergência climática reconhece a extrema gravidade da ameaça representada pelo aquecimento global e envolve a adoção de medidas para conseguir reduzir as emissões de carbono a zero num prazo determinado e exercer pressão política aos governos para que tomem consciência sobre a situação de crise ambiental.

Em sua manifestação inicial, o deputado Matheus Gomes afirmou que a urgência número 1 é a preservação ambiental e a construção de um plano de transição, que posicione o Rio Grande do Sul na luta contra o aquecimento global e seus efeitos. Ele apresentou o PL23/2023, que reconhece o estado de emergência climática e estabelece a meta de neutralização das emissões de gases de efeito estufa no estado até 2050 e prevê a elaboração de plano para a transição sustentável.

Na sequência, a juíza federal Rafaela Santos descreveu as principais certezas científicas sobre os impulsionadores de mudanças observadas na atmosfera, como o aumento do metano (CO2) e óxido nitroso (N2O) na natureza, durante a era industrial. Conforme ela, as mudanças climáticas, aceleradas pelo homem, atingem especialmente as populações mais vulneráveis.

Também a deputada Laura Sito (PT) atacou a falta de projetos e ações que apoiem a decretação da emergência climática. Ela propôs a criação de um Grupo de Trabalho sobre o assunto, junto com um seminário que aprofunde o debate sobre emergência climática.

Representando a ONG Eco pelo Clima, Renata Padilha expôs carta aberta à população gaúcha, elaborada pela entidade, que exige ações governamentais para reduzir os efeitos danosos da crise ambiental. Ela propôs a criação do Fórum Popular pelo Estado de Emergência Climática. “É preciso agir e não continuar brincando de sustentabilidade”, salientou..
Se manifestaram o representante da Agapan, Heverton Lacerda; o cacique kaingang Santiago; o representante da Eco pelo Clima Pedro Cordeiro (menino de 9 anos), entre outras entidades de defesa do ambiente natural.