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Após prisão de ex-ministro, Bolsonaro afirma Milton Ribeiro ‘responde pelos atos dele’

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(Imagem: Marcelo Camargo / Agência Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro comentou, na manhã desta quarta-feira, 22, sobre a prisão do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, pela Polícia Federal (PF) por suspeita de corrução e favorecimento de pastores. O mandatário afirmou que “pede a Deus” que não tenha nenhum problema envolvendo o ex-membro do governo, mas afirmou que a investigação demonstra que há não interferência do Executivo na PF. “O caso do Milton, pelo que estou sabendo, é questão de que ele estaria de conversa informal demais com algumas pessoas de confiança dele, houve denúncia de que ele teria busca prefeitos, gente dele para negociar, buscar recursos. Nós afastamos ele. Se tem prisão é Polícia Federal, é sinal que a PF está agindo. Ele responde pelos atos dele. Peço a Deus que não tenha problema nenhuma, mas se tem algum problema a Polícia Federal está agindo, está investigando. É um sinal que não interfiro na PF”, afirmou o mandatário, durante transmissão ao vivo no Facebook.

CORRUPÇÃO ZERO NO GOVERNO

Bolsonaro também afirmou que o governo segue trabalhando com “corrupção zero” e criticou aqueles que o culpam por possíveis casos envolvendo os ministérios. “[A prisão de Milton Ribeiro] vai respingar em mim, obviamente. É o que eu disse, tenho 23 ministros, mais de uma centena de secretários e mais de 20 mil cargos comissionados. Se alguém faz algo de errado, vai botar a culpa em mim? Logicamente, a minha responsabilidade é afastar e colaborar com as investigações”, reforçou. Milton Ribeiro foi preso preventivamente por suposto esquema de favorecimento e liberação de verbas a pastores dentro do Ministério da Educação. Batizada de “Acesso Pago”, a operação tem como foco a “prática de tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos” do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fundeb). Ao todo, são cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e cinco prisão nos Estados de Goiás, São Paulo, Pará, além do Distrito Federal.

Fonte: Jovem Pan