O Zoológico de Sapucaia do Sul anunciou sua reabertura ao público para o dia 31 de julho. A medida ocorre após o encerramento oficial do foco de influenza aviária no local. O anúncio ocorre após vistoria da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) nesta terça-feira (08).
Nos últimos 30 dias, apenas cinco óbitos relacionados à influenza aviária foram registrados. Ao todo, já são 14 dias sem registros de mortes ou animais com sintomas no parque – período correspondente ao tempo de incubação da doença.
Para a retomada das atividades, o Zoológico oferecerá isenção de ingressos aos visitantes. A secretária de Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul, Marjorie Kauffmann, destaca que a decisão pela reabertura foi tomada com base em critérios técnicos rigorosos:
“A retomada das visitas será possível pelo rigor com que cumprimos todos os protocolos sanitários estabelecidos pelo Serviço Veterinário Oficial e pelo Ministério da Agricultura e Pecuária. A reabertura foi cuidadosamente avaliada, sempre priorizando a segurança dos animais, dos visitantes e dos servidores”, ressalta Marjorie.
Panorama
O Zoológico está sem receber o público desde 12 de maio, de forma preventiva. A primeira confirmação oficial de gripe aviária veio em 15 de maio. Durante o período de foco da doença, o parque adaptou sua rotina para reforçar as medidas de biossegurança: o acesso foi restrito restrito às equipes técnicas, com uso obrigatório de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), barreiras sanitárias e rotinas rigorosas de desinfecção. Ao todo, 168 aves silvestres de 11 espécies morreram no período. Atualmente, o zoológico abriga mais de mil animais de cerca de 130 espécies silvestres e domésticas – entre répteis, aves e mamíferos.
Segundo a diretora de Biodiversidade da instituição, Cátia Viviane Gonçalves, os protocolos aplicados a um zoológico são diferentes daqueles utilizados em granjas comerciais:
“O manejo envolve múltiplas espécies silvestres e exóticas, com diferentes níveis de susceptibilidade à doença, além de cuidados veterinários especializados e rotinas adaptadas à realidade de um ambiente de conservação. A partir da confirmação do encerramento do foco por meio da vistoria, a equipe do parque irá realizar as manutenções dos espaços para receber o público”, explica.
Equipes seguem monitorando o local de forma permanente, conforme protocolos estabelecidos para a prevenção e o controle da gripe aviária em locais de risco. A Seapi reforça que a população pode contribuir com a vigilância sanitária, informando casos de aves silvestres com sintomas neurológicos, dificuldade para voar ou encontradas mortas, por meio do sistema e-Sisbravet e pelo WhatsApp (51) 98445-2033.