O primeiro dia de agosto vai ser marcado pela presença do sol, aumento das temperaturas em todo o Rio Grande do Sul, com amplos períodos de céu claro e nuvens altas em algumas regiões. O perfil vertical seco da atmosfera e o tempo aberto favorecerão uma grande amplitude térmica, ou seja, uma grande diferença entre as mínimas e máximas do dia, de até 20ºC.
Temperaturas
O frio predomina ao amanhecer, especialmente em baixadas de regiões serranas, onde pode gear. Há chance de neblina e nevoeiro em algumas áreas. A tarde vai ser quente para esta época do ano, com calor principalmente no Oeste e no Noroeste.
As mínimas rondarão os 9ºC em Pelotas e o 2ºC em São José dos Ausentes. Já as máximas podem chegar a 28ºC em Alegrete e 29ºC em Santa Rosa. Em Caxias do Sul, os termômetros vão oscilar entre 11ºC e 26ºC.
Agosto é o terceiro e último mês do trimestre do inverno climático, a despeito da estação fria terminar pelo critério astronômico apenas na segunda metade de setembro. O mês, assim, é o que costuma registrar temperatura média mais alta em relação a junho e julho.
De acordo com a MetSul, agosto tende a ser um mês sem frio persistente. O cenário não repete o absurdo agosto de 2012, com altíssima frequência de dias de calor, mas devem ocorrer jornadas de temperatura alta. A primeira quinzena vai ser mais quente, sobretudo na primeira semana do mês. Esfria na próxima, com dias mais amenos na segunda quinzena.
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Mês de julho foi o mais quente registrado nos últimos 120 mil anos do planeta Terra
Enquanto vastas áreas de três continentes assam sob temperaturas escaldantes e os oceanos esquentam a níveis sem precedentes, cientistas de duas autoridades climáticas globais estão relatando antes mesmo do final de julho que este mês será o mais quente já registrado no planeta.
O calor em julho já foi tão extremo que é “praticamente certo” que este mês baterá recordes “por uma margem significativa”, disseram o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da UE (União Europeia) e a OMM (Organização Meteorológica Mundial) em um relatório publicado nesta quinta-feira (27).
Acabamos de passar pelo período de três semanas mais quente já registrado – e quase certamente em mais de cem mil anos. Normalmente, esses recordes, que rastreiam a temperatura média do ar em todo o mundo, são quebrados por centésimos de grau. Mas a temperatura média nos primeiros 23 dias de julho foi de 16,95 °C, bem acima do recorde anterior de 16,63 °C estabelecido em julho de 2019, segundo o relatório.
Os dados usados para rastrear esses registros remontam a 1940, mas muitos cientistas – incluindo os da Copernicus – dizem que é quase certo que essas temperaturas são as mais quentes que o planeta já viu em 120.000 anos, dado o que sabemos de milênios de dados climáticos extraídos de anéis de árvores, recifes de coral e núcleos de sedimentos do fundo do mar.
“Estas são as temperaturas mais altas da história da humanidade”, disse Samantha Burgess, vice-diretora da Copernicus.
Tudo isso resulta em um verão intenso no Hemisfério Norte – potencialmente sem precedentes. “As probabilidades estão certamente a favor de um verão recorde”, disse Carlo Buontempo, diretor da Copernicus, embora tenha alertado que é muito cedo para afirmar isso com confiança.
O custo humano do calor é gritante. Como as temperaturas subiram acima de 50 °C em partes dos EUA, as mortes relacionadas ao calor aumentaram e as pessoas estão sofrendo queimaduras com risco de vida por cair em solo escaldante.
No Mediterrâneo, mais de 40 pessoas morreram devido aos incêndios florestais que se espalham pela região, alimentados por altas temperaturas. Na Ásia, ondas de calor intensas e prolongadas estão ceifando vidas e ameaçando a segurança alimentar.
A mudança climática causada pelo homem é o principal fator desse calor extraordinário, disse Burgess. “A temperatura global do ar é diretamente proporcional à concentração de gases de efeito estufa na atmosfera.”
Um estudo recente descobriu que a mudança climática desempenhou um papel “absolutamente esmagador” nas ondas de calor nos EUA, China e sul da Europa neste verão.
A chegada do El Niño, uma flutuação natural do clima com impacto no aquecimento, não teve grande impacto nas temperaturas, pois ainda está em fase de desenvolvimento, disse Burgess, mas terá um papel muito mais importante no próximo ano, acrescentou, e provavelmente elevará as temperaturas ainda mais.