O acusado de matar Ellen Varela da Silva, de 26 anos, será julgado na quarta-feira (15), no Fórum de Caxias do Sul. O crime, ocorrido em janeiro de 2023, chocou moradores da Zona Norte e deixou quatro filhos órfãos. O caso será analisado por um Júri Popular.
Ellen foi assassinada na noite de 20 de janeiro de 2023, com um tiro na cabeça, na rua Claudir Paulo Bellenzier, esquina com a Vicente Acylino de Oliveira, no bairro Centenário. Segundo a Polícia Civil, ela havia se separado do companheiro há cerca de uma semana e voltou à residência apenas para buscar roupas, quando foi atacada e morta.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser acionado, mas a vítima morreu antes de receber socorro.
Três dias após o crime, em 23 de janeiro de 2023, o suspeito, de 34 anos na data, Rodinei de Oliveira Lima, foi preso por agentes da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam). Ele havia se apresentado para prestar depoimento, mas foi detido devido a uma ordem de prisão preventiva, expedida após a investigação apontá-lo como o suspeito do feminicídio. Desde então, Lima segue preso preventivamente.
Julgamento
A mãe de Ellen, Letir Varela da Silva, afirmou que espera uma condenação exemplar.
“Eu espero que a justiça seja feita, que ele pegue a prisão máxima, porque ela era uma menina muito alegre, muito feliz, tinha uma vida pela frente e deixou quatro filhos, que hoje eu estou criando. Eles sofrem muito pela falta da mãe. Ela não merecia ser morta da forma que foi. A Ellen era uma filha, uma amiga, uma mãe maravilhosa. A justiça precisa ser feita, ele tem que pagar pelo que fez”, declarou.
O representante legal de Rodinei, o advogado Elton Soares, foi procurado pela reportagem. O defensor reforçou que a tese será apresentada em momento oportuno, ou seja, no Tribunal do Júri, e irá apontar “contrariedade a situações apresentadas na investigação/acusação e denúncia”. Ele também parabenizou a imprensa por ouvir ambos os lados.
O Tribunal do Júri será presidido pela Juíza Isabela de Paiva Pessôa Loureiro. Na acusação, o promotor do Ministério Público (MP) Marlos da Rosa Martins, com assistência do advogado da família de Ellen, Júnior De Marco. A defesa de Rodinei fica a cargo do advogado Elton Soares.