A juíza Patrícia Antunes Laydner, da Vara Regional do Meio Ambiente, deu um prazo de 48 horas para que o Estado do Rio Grande do Sul se manifeste sobre a morte de cerca de 90 aves no Parque Zoológico de Sapucaia do Sul. A magistrada quer saber se o governo tem conhecimento dos óbitos e se já apurou a possível relação com o vírus da gripe aviária (H5N1).
A ONG Princípio Animal acionou a Justiça por meio de uma Ação Civil Pública, e a decisão saiu nesta terça-feira (20). A entidade denunciou a morte de cisnes, patos, marrecos e outras aves aquáticas, levantando a suspeita de infecção pelo vírus.
A Justiça também obrigou o Estado a entregar uma lista com a identificação completa dos animais mortos, incluindo a espécie de cada um. Além disso, o governo deve apresentar laudos técnicos sobre a causa das mortes, protocolos de biossegurança e isolamento sanitário aplicados, e todos os registros de controle sanitário, clínico e zootécnico dos 30 dias anteriores aos óbitos.
Enquanto o Estado não entregar toda a documentação exigida, a juíza proibiu qualquer movimentação, destinação ou descarte dos animais que ainda estão vivos no zoológico — mesmo que existam justificativas sanitárias. Caso descumpra a ordem, o Estado poderá responder judicialmente.
A mesma ação judicial também trata da suspensão do leilão de 179 animais domésticos do zoológico, previsto para o início deste ano.