Comportamento

Segunda etapa de pesquisa estima que RS tenha mais de 15 mil infectados por Covid-19

Na transmissão pela internet, governador Leite falou com o reitor da UFPel, Pedro Hallal, que apresentou o estudo - Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini
Na transmissão pela internet, governador Leite falou com o reitor da UFPel, Pedro Hallal, que apresentou o estudo - Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini

Os números da segunda etapa da pesquisa por amostragem para estimar o percentual da população do Rio Grande do Sul infectada pelo novo coronavírus estimam que o Estado tenha 15.066 pessoas com anticorpos – ou seja, que já tiveram contato com a Covid-19 –, equivalente a um infectado a cada 769 habitantes, taxa de 0,13%. Dos 4,5 mil testes aplicados entre os dias 25 e 27 de abril, seis testaram positivo.

Na primeira fase da pesquisa, entre 11 e 13 de abril, dois casos deram positivo para a Covid-19, o que representa 0,05%. A estimativa, portanto, era de que existissem 5.650 pessoas contaminadas pelo coronavírus no Estado – um caso a cada 2 mil habitantes.

“O resultado dessa pesquisa é um dos parâmetros utilizados para traçarmos nossa estratégia de enfrentamento ao coronavírus no Estado. Com apoio da comunidade científica e acadêmica e da sociedade, podemos traçar um plano de distanciamento social controlado, com base nas realidades particulares de cada região, que seja sustentável a longo prazo”, explicou o governador Eduardo Leite.

Os seis casos positivos foram identificados em Porto Alegre, Pelotas, Santa Maria e Canoas. As pessoas que dividem residência com os seis casos positivos também foram testadas – 12 familiares, dos quais nove também tiveram resultado positivo para a Covid-19. (Esses familiares não fazem parte dos 4,5 mil selecionados para a pesquisa e, por isso, não ficam contabilizados no resultado.)

A confirmação da transmissão entre familiares ou residentes de um mesmo lar confirma que o teste funciona. “Há uma alta transmissibilidade no ambiente familiar. O baixo número de resultados positivos se dá porque a infecção ainda está em um estágio inicial no Estado”, explica Pedro Rodrigues Curi Hallal, reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), instituição que coordena o projeto encomendado pelo Estado.