Na manhã desta sexta-feira (5) o Dr. Adam Murphy, professor e cirurgião da Northwestern University, em Chicago, teve um encontro com médicos da região e funcionários do Hospital Tacchini onde palestrou sobre o câncer de próstata, doença que ainda é um tabu para os homens e que atualmente é o segundo maior responsável pela morte por câncer entre o sexo masculino no Brasil.
O encontro teve início com um “happy hour” seguido de uma coletiva de imprensa onde participaram o Dr. Murphy e sua intérprete, a professora Bruna Vargas. O médico contou que um dos maiores problemas quando se fala em câncer de próstata é a barreira do exame de toque. “É um problema universal onde a maioria dos homens apresenta resistência ao exame, por ser um exame de toque e retal. Mas esta é uma das armas mais poderosas para o combate da doença”, explica.
“Há países, contudo, onde a saúde básica é tão precária, que quando há ações que oportunizam o exame, os homens se mostram muito felizes de ter a oportunidade de estarem sendo examinados e, dentro da necessidade, iniciar um tratamento seja através da radioterapia, ou através da cirurgia, que atualmente é o melhor tratamento”. conclui.
O médico conta ainda que há certos tipos de tratamentos que existem apenas em centro muito tecnológicos e mesmo nos Estados Unidos, alguns são acessíveis apenas a uma pequena parcela da população. Além disso, os novos métodos que vão surgindo demoram muito para se tornar acessível para a população.
“É um mal necessário, o alto custo dos tratamentos que surgem e que são cada vez menos invasivos, e grande parte das despesas necessárias para os tratamento são utilizadas para pesquisas. Países como o Canadá e o próprio EUA normalmente são os primeiros a receber as novas tecnologias, mas com o tempo elas se tornam acessíveis à população menos favorecida”
Em relação ao tabu do exame de toque, que é mundial, é necessário que os adultos principalmente ensinem para as crianças que a vida é muito mais valiosa do que um simples exame, que pode acabar mostrando sinal de fraqueza dos homens. “Além disso, é necessário que os governos façam campanhas de conscientização com comerciais e programas nas escolas e famílias. O mais importante de tudo é ser saudável.” termina o médico.