CURIOSIDADES ASTRAIS

Carta do tarô: “O Diabo” traz à tona desejos e tentações — saiba lidar com eles

A carta do tarô “O Diabo” revela desejos e prisões emocionais. Entenda o que ela significa e como transformar essa energia a seu favor.

Carta do tarô “O Diabo” traz à tona desejos e tentações — saiba lidar com eles
Carta do tarô “O Diabo” traz à tona desejos e tentações — saiba lidar com eles

Você já se pegou envolvido por um desejo que sabia ser perigoso? Já se viu repetindo padrões que jurava ter superado? A carta “O Diabo”, no tarô, fala justamente disso. Ela surge como um espelho sombrio, revelando nossos impulsos mais primitivos, apegos tóxicos e zonas de conforto ilusórias. Mas, ao contrário do que muitos pensam, ela não anuncia uma maldição — e sim uma chance de libertação.

Neste artigo, vamos explorar os significados mais profundos de “O Diabo”, por que essa carta costuma assustar e como usá-la como ferramenta de autoconhecimento. Afinal, encarar a própria sombra pode ser o passo mais corajoso rumo à luz.

O que representa a carta “O Diabo” no tarô?

A figura tradicional da carta mostra um ser com chifres, asas e olhar penetrante, dominando duas figuras acorrentadas — mas que, curiosamente, poderiam se soltar se quisessem. Essa imagem é uma metáfora poderosa: “O Diabo” não representa um mal externo que nos ataca, mas sim os vínculos internos que mantemos por medo, prazer ou comodidade.

No tarô, essa carta fala de vícios (não apenas químicos, mas emocionais, comportamentais, afetivos), desejos intensos, obsessões, manipulação e seduções perigosas. Mas também representa magnetismo, erotismo e força instintiva.

Ela é, ao mesmo tempo, uma advertência e um convite: veja o que te prende e escolha se ainda quer permanecer ali.

Quando “O Diabo” aparece em uma leitura

Se essa carta surge em um jogo de tarô, vale prestar atenção ao contexto:

  • No amor: Pode indicar uma relação baseada em dependência, ciúmes ou desejo intenso que obscurece a razão. Também alerta para dinâmicas tóxicas e controle emocional.
  • No trabalho: Pode apontar ambição desmedida, manipulação nos bastidores, ou mesmo um ambiente profissional que drena sua energia.
  • Na saúde: Costuma sinalizar vícios, compulsões ou negligência com o corpo. É um chamado para retomar o controle da própria vitalidade.
  • No espiritual: Indica desequilíbrio energético, materialismo excessivo ou uso do poder espiritual com fins egoístas.

Mas há um lado positivo: “O Diabo” também pode representar um despertar sexual, a redescoberta do prazer e da autonomia, desde que com consciência e limites.

O lado luz da carta mais sombria do tarô

Por mais provocadora que pareça, “O Diabo” também é símbolo de vitalidade, coragem de enfrentar tabus e empoderamento. Ela nos chama para abandonar a hipocrisia e assumir nossos desejos, sem vergonha. O problema não é desejar, é se tornar escravo do desejo.

Essa carta nos tira do lugar de vítima e nos obriga a reconhecer: parte do que nos aprisiona foi escolha nossa. E tudo que é escolhido pode ser modificado.

Um exercício para reconhecer suas correntes

Uma forma prática de trabalhar com a energia de “O Diabo” é o seguinte exercício:

  1. Em um papel, escreva:
    “Hoje reconheço que me prendo a…”
    E complete com o que vier à mente (relacionamentos, padrões, medos, vícios).
  2. Depois, reflita:
    • Por que mantenho isso?
    • O que temo perder se eu me libertar?
    • Qual prazer está escondido nesse aprisionamento?
  3. Queime esse papel em segurança, mentalizando que as correntes começam a se romper.
  4. Por fim, diga em voz alta:
    “Eu sou mais forte que meus impulsos. Eu escolho o que me nutre, não o que me domina.”

Uma história real de libertação

Renato, terapeuta corporal de 38 anos, viu essa carta aparecer seguidas vezes em suas leituras pessoais. “No início, achei que era um aviso sobre minha relação amorosa da época, que estava cheia de ciúmes e possessividade. Mas depois percebi que o verdadeiro alerta era sobre mim mesmo”, conta.

Ele mantinha um padrão de trabalho excessivo, prazer imediato em compras impulsivas e fugas constantes para o celular. “A carta me fez olhar para minhas compulsões, para a forma como eu anestesiava minha ansiedade. Aos poucos, fui me libertando. Mas foi preciso coragem para admitir que o ‘diabo’ morava dentro de mim.”

Como lidar com tentações e desejos sob influência de “O Diabo”

  1. Observe sem julgar: Reprimir impulsos apenas os fortalece no inconsciente. Reconhecer um desejo é o primeiro passo para transformá-lo.
  2. Pratique o discernimento: Nem todo prazer é destrutivo, nem toda rigidez é virtude. Pergunte-se: isso me aproxima ou me afasta de quem eu quero ser?
  3. Cultive rituais conscientes: Um banho de sal grosso, uma vela preta (para transmutação) ou cristais como obsidiana e turmalina negra podem ajudar a limpar energias densas.
  4. Fale sobre sua sombra: Conversar com amigos, terapeutas ou grupos de apoio traz à luz aquilo que o ego esconde.
Carta do tarô “O Diabo” traz à tona desejos e tentações — saiba lidar com eles
Carta do tarô “O Diabo” traz à tona desejos e tentações — saiba lidar com eles

Nem tudo que brilha é liberdade

A carta “O Diabo” não vem para te assombrar. Ela vem para te lembrar que o brilho do ouro nem sempre vale as correntes que ele carrega. Desejos fazem parte da vida, mas não podem nos controlar. Tentações existem, mas não somos obrigados a segui-las. Prazer é bom, desde que não seja o único norte.

No fundo, essa carta pede uma escolha: você quer viver em função do que te prende ou do que te liberta?