O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) mobilizou cerca de 215 mil colaboradores para atuar na aplicação do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), que ocorre no próximo domingo (18). A estrutura logística e de segurança será implementada em 3.647 locais de provas, espalhados por 228 cidades em todos os estados e no Distrito Federal. Esse contingente, que inclui aplicadores, fiscais de prova, gestores e profissionais de segurança, representa cerca de 10% dos 2,11 milhões de inscritos no certame.
Para garantir a segurança durante o concurso, o MGI estabeleceu uma parceria com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). A rede de proteção inclui a Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Agência Brasileira de Inteligência (Abin), e Força Nacional (FN), além de secretarias de segurança pública estaduais, envolvendo policiais militares, civis e bombeiros.
O Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, autorizou nesta quarta-feira (14) o uso da Força Nacional em Roraima, Rio Grande do Sul e Mato Grosso para o período do concurso. Essas equipes estarão ativas entre sexta-feira (16) e segunda-feira (19). Além desses estados, a Força Nacional também apoiará a segurança no Amazonas, Rio de Janeiro, Pará, Mato Grosso do Sul e Maranhão, totalizando oito estados com reforço de segurança.
A Advocacia-Geral da União (AGU) montou uma força-tarefa que trabalhará em regime de plantão judicial até 23 de agosto para garantir a segurança jurídica do CPNU. Ao todo, 124 membros da AGU estarão de prontidão para lidar com possíveis ações judiciais que possam afetar a realização do concurso.
Inspirado no modelo do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o CPNU conta com a expertise do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para sua execução. Serão 4.146 coordenações de aplicação de provas, cada uma responsável por cerca de 517 candidatos.
Várias medidas de segurança foram implementadas para evitar fraudes durante o concurso. Todos os locais de aplicação contarão com vigilância e detectores de metal para coibir o uso de dispositivos eletrônicos ilegais. Os candidatos não poderão levar os cadernos de provas ou anotar gabaritos, exceto em uma folha de rascunho fornecida nos últimos 30 minutos de cada turno.
A Polícia Federal recomendou ainda a coleta de digitais e a realização de exames grafológicos para confirmar a identidade dos candidatos durante as provas.
Os Correios são responsáveis pela distribuição dos 18,7 mil malotes contendo os cadernos de provas para todos os pontos de aplicação, assim como pela logística reversa dos cartões de resposta, que serão enviados para a Fundação Cesgranrio no Rio de Janeiro para correção.
Os resultados finais do concurso serão divulgados em 21 de novembro, e os 6.640 aprovados, que concorrem a vagas de níveis médio e superior, serão convocados em janeiro de 2025. A Polícia Federal verificará as digitais e exames grafológicos dos aprovados para garantir a autenticidade dos resultados, e o Ministério da Educação validará os diplomas e documentos educacionais apresentados.
Tentativas de fraude poderão resultar em penas de um a quatro anos de prisão, conforme previsto no Código Penal Brasileiro.
Concurso Público Nacional