
A terceira mulher suspeita de envolvimento no caso onde uma criança ingeriu cocaína e precisou ser hospitalizada foi presa na tarde desta segunda-feira (14), em Bom Jesus. A prisão não havia sido efetuada anteriormente em razão da ausência de vaga adequada para lactante no sistema prisional.
O filho da presa detida hoje foi acolhido pelo Conselho Tutelar de Bom Jesus, em virtude das condições degradantes em que se encontrava. Assim, diante do acolhimento da criança, a restrição para a prisão da mãe foi superada, permitindo o cumprimento do mandado. A presa será encaminhada para uma vaga comum no presídio de Vacaria.
As duas outras mulheres envolvidas já estão presas desde o dia 13 de março, por ação solicitada pela Justiça. De acordo com informações da Polícia Civil de Bom Jesus, onde ocorreu o fato, a medida foi possível devido a continuidade das investigações sobre o caso de intoxicação infantil ocorrido em 20 de fevereiro de 2025, na Vila Pinto, no Município. Na ocasião, uma criança de dois anos foi internada após ingerir benzodiazepínicos e cocaína, sendo atendida no hospital de Bom Jesus e transferida para Vacaria.
As investigações seguem em andamento e apontam, preliminarmente, para a ocorrência de, no mínimo, dolo eventual por parte das suspeitas.
Relembre o caso
A Polícia Civil e Brigada Militar prenderam duas mulheres no dia 13 de março, quinta-feira, em Bom Jesus, após exames médicos apontarem que uma criança de dois anos de idade, hospitalizada no dia 20 de fevereiro após passar mal, esteve exposta benzodiazepínicos e cocaína.
Ao passar mal, a criança necessitou de atendimento no Hospital de Bom Jesus e depois disso, foi transferida ao Hospital Nossa Senhora da Oliveira, em Vacaria.
Segundo informações da ocorrência, as mulheres ministraram ou deixaram as substâncias à disposição da criança. Elas mantinham um ponto de tráfico na Rua Anita Garibaldi, Bairro Cohab, em Bom Jesus. Todavia, a exatidão das circunstâncias ainda é objeto da investigação que transcorre na DP Bom Jesus, cujo prazo para conclusão é de trinta dias.
A prisão preventiva foi solicitada pela autoridade policial e decretada pela Justiça. As presas estavam recolhidas no Presídio Estadual de Vacaria até dia 12 de fevereiro. Todavia, a penitenciária foi interditada judicialmente em fevereiro e ambas foram encaminhadas Penitenciária Industrial de Caxias do Sul. Uma das mulheres respondia por tráfico de drogas e outra por homicídio tentado.