RECUPERAÇÃO

Duas cidades da Serra Gaúcha assinam convênios para recuperação de estradas rurais, após enchentes no RS

Iniciativa integra o Plano Rio Grande, que destinará R$ 106,8 milhões a 356 municípios gaúchos

Primeiros municípios recebem convênios para recuperação de estradas rurais após enchentes no RS
Demais convênios seguem tramitando para serem assinados - Foto: Guilherme Pedrotti/ Famurs

Os municípios de Antônio Prado e Fagundes Varela, na Serra Gaúcha, afetados pelas enchentes de maio de 2024, assinaram convênios com o governo do Estado para recuperar estradas e vias rurais danificadas. O anúncio foi feito na tarde desta terça-feira (8) pelo secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Clair Kuhn.

Nesta etapa inicial, cada cidade poderá receber até R$ 300 mil, totalizando R$ 1,5 milhão em recursos para os municípios. Além das cidades da Serra, Chiapetta, Pedro Osório e Santa Vitória do Palmar também foram contempladas. Esses foram os primeiros a terem seus projetos aprovados tecnicamente e administrativamente. O próximo passo é a liberação dos valores para início das obras.

A iniciativa faz parte do Plano Rio Grande, programa estadual criado para enfrentar os impactos das enchentes, lançado durante a Expointer de 2023 pelo governador Eduardo Leite. Ao todo, o plano prevê o repasse de até R$ 106,8 milhões a 356 municípios em situação de emergência, por meio do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs).

Segundo o secretário Clair Kuhn, a ação responde a uma demanda encaminhada pela Famurs.

“A Secretaria conseguiu tirar do papel essa proposta porque conhece as dificuldades do interior. Estamos empenhados em garantir que os recursos cheguem o quanto antes, apesar dos trâmites legais que precisam ser cumpridos”, afirmou.

Os projetos municipais preveem a contratação de horas-máquinas para uso de equipamentos como escavadeiras, retroescavadeiras, caminhões e motoniveladoras, além da aquisição de insumos como brita, saibro e cascalho.

O Plano Rio Grande e a reconstrução dos municípios

O Plano Rio Grande atua em três frentes: ações emergenciais, reconstrução e desenvolvimento futuro. A sociedade participa por meio do Conselho do Plano, composto por 182 representações de órgãos públicos, entidades civis e pessoas atingidas pelas enchentes. A academia é representada pelo Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática, que tem caráter consultivo e propositivo.