Garibaldi - A cadela Meghi foi devolvida à sua família na tarde de quarta-feira (16), em Garibaldi, após parecer da Delegacia de Polícia Civil recomendando a restituição do animal. A decisão foi tomada com base no Procedimento de Apuração de Ato Infracional nº 163/2025/151030, que apura denúncias de maus-tratos amplamente divulgadas nas redes sociais no início do mês.
Segundo o delegado Clóvis Vaner Rodrigues de Souza, o adolescente investigado pelas agressões não mantém mais contato com a tutora e não tem acesso ao imóvel onde Meghi vive. Ele também esclareceu que não há indícios de omissão por parte da família e que os tutores não tinham conhecimento das agressões até o surgimento dos vídeos.
“Manter o animal afastado da família configuraria uma penalização indevida a quem não contribuiu com os fatos apurados”, afirmou.
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Acompanhamento contínuo
A Prefeitura de Garibaldi, por meio do Departamento de Bem-Estar Animal (DBEA), vinculado à Secretaria Municipal de Meio Ambiente, seguirá acompanhando o caso. Técnicos do DBEA farão visitas semanais ao lar da cadela para verificar sua adaptação e as condições do ambiente em que ela está inserida.
Meghi foi resgatada no dia 6 de abril, após vídeos que mostravam as agressões viralizarem nas redes sociais, causando revolta e mobilizando a comunidade. As imagens, publicadas pelo próprio agressor, levaram dezenas de pessoas a protestarem em frente ao prédio onde ele residia, na Avenida Independência. A Brigada Militar chegou a ser acionada, mas o animal já havia sido retirado do local pela então namorada do agressor e levado para outro endereço no bairro São Francisco.
Com apoio de voluntários e da equipe do DBEA, Meghi foi localizada, resgatada e recebeu atendimento veterinário. Desde então, permaneceu sob os cuidados do departamento até a conclusão da análise feita pela Polícia Civil.
