IRMÃ ROSITA MILESI

Farroupilhense recebe reconhecimento global no Prêmio Nansen da ONU

Religiosa ajudou milhares de pessoas refugiadas facilitando o acesso a abrigo, alimentação, cuidados de saúde, treinamento de idiomas, geração de renda e documentação no Brasil

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FARROUPILHENSE
Foto: Miguel Pachioni/ACNUR

A farroupilhense Irmã Rosita Milesi recebeu reconhecimento global no Prêmio Nansen do ACNUR 2024, – órgão ligado à Organização das Nações Unidas (ONU) – uma das mais tradicionais e maiores honrarias internacionais, pela atuação extraordinária na defesa dos direitos das pessoas refugiadas. Ao apresentar a grande vencedora da cerimônia, o Alto Comissário do ACNUR, Filippo Grandi reforçou a admiração de longa data dos trabalhadores humanitários por Irmã Rosita.

“Irmã Rosita é uma lenda para muitos no ACNUR e ela tem sido reconhecida assim há muito tempo. Muitos dos meus colegas acompanham e admiram sua coragem e liderança. Ela é uma irmã católica, trabalhadora humanitária e social, advogada e ativista. Mas acima de tudo, ela é irmã. Quem tem irmã sabe o que as irmãs fazem. Irmãs cuidam. Ela faz um trabalho incrível para migrantes e refugiados no Brasil. Ela ajuda com documentos, aulas, comida, lar. Isso é cuidar. Mas também sabemos que irmãs guiam. Ela tem sido uma guia fenomenal. Ela conseguiu mudar a legislação em seu país”, comentou Grandi.

Irmã Rosita ajudou milhares de pessoas refugiadas facilitando o acesso a abrigo, alimentação, cuidados de saúde, treinamento de idiomas, geração de renda e documentação no Brasil. Seu trabalho na Lei de Refugiados de 1997 ajudou a ampliar os direitos das pessoas refugiadas em consonância com a Declaração de Cartagena de 1984, assegurando assim que a lei contemple mais ações para proteger, incluir e empoderar pessoas forçadas a fugir, em conformidade com os padrões internacionais.

“Considero essencial o advocacy voltado à construção de políticas públicas. Nunca desperdicei uma oportunidade de dialogar a favor do avanço da legislação alinhada com as aspirações dos refugiados e migrantes”, discursou.

O palco desta edição do #PrêmioNansen foi compartilhado com outras quatro mulheres premiadas. Maimouna Ba (África), Jin Davod (Europa), Nada Fadol (Oriente Médio e Norte da África) e Deepti Gurung (Ásia-Pacífico). O povo da Moldávia recebeu menção honrosa por atuar como um farol de humanidade.

Os prêmios são viabilizados pelo apoio dos Governos da Noruega e da Suíça, da Fundação IKEA, e da Cidade e Cantão de Genebra. Eles são nomeados em homenagem ao explorador, cientista, diplomata e humanitário norueguês Fridtjof Nansen.