MEIO AMBIENTE

Apenas 2% do esgoto de Farroupilha passa por tratamento

Novo Marco Legal do Saneamento prevê que até 2033 os municípios cheguem a 90% de tratamento de esgoto

FARROUPILHA
Jorge Cenci (E), Lutero Cassol e Davi de Almeida (Foto: Gabriel Venzon/Câmara de Vereadores)

O município de Farroupilha deverá correr contra o tempo para atingir as normas do Novo Marco Legal do Saneamento, promulgado em 2020, onde um dos pontos de destaque fala do esgoto tratado nos municípios. Conforme o documento as cidades devem, até 2033, tratar 90% do esgoto, no entanto apenas 2,2% passa por este processo em Farroupilha atualmente.

Os números foram detalhados na Sessão da Câmara de Vereadores que contou, na noite desta segunda-feira (7), com a presença do superintendente regional de relações institucionais da Corsan/Aegea, Lutero Cassol, que detalhou a situação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) localizada no bairro Santa Catarina.

O encontro ocorreu enquanto o município passa por obras na rede coletora de esgoto, que devem contemplar grande parte da população futuramente. Ao Portal Leouve, Cassol fez uma avaliação da fala no Legislativo farroupilhense junto dos vereadores:

“Eu entendo como uma pauta extremamente importante, porque nós estamos tratando de um assunto muito importante, que é a pauta do esgoto. Nós temos que deixar bem claro que não é um novo serviço a ser prestado, bem diferente do tratamento de distribuição de água. Ele é um serviço mais oneroso, mais difícil de ser executado e mais difícil para as pessoas se conectarem”, disse ele.

O superintendente explicou que 70% da água consumida no município volta em forma de esgoto cloacal, que então seria despejado no meio ambiente. No entanto, com as novas redes coletoras, o mesmo passará por um tratamento.

“A obrigação vem, a lei vem para obrigar as concessionárias a fazer isso e, paralelo a isso, todos os usuários têm que ter responsabilidade ambiental e se conectar. É uma obra difícil mas nós temos que fazer”.

Hoje em Farroupilha a ETE do Santa Catarina atende 400 das 18 mil ligações de água, o que equivale a cerca de 2,2% dos registros. A projeção é que até 2033 o número de 90% de esgoto tratado seja alcançado. Cassol explicou quais devem ser os maiores desafios para chegar a esse número.

“Nós temos mapeado tratar 35% do esgoto até 2028 e até 2033 tratar 90% que é o máximo que a lei obriga, mas pode ser tratado mais. O maior desafio aqui na Serra e todas as regiões que comporta aqui na região Nordeste é a rocha, este é o maior desafio. A comunidade em modo geral está compreendendo que temos que tratar nosso meio ambiente”, finalizou Lutero Cassol.