As operações dos aeroportos de Canela e de Torres, que estavam suspensas, devem ser retomadas nesta semana. A medida havia sido adotada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) devido à mudança de gestão dos aeródromos, o que teria ocasionado desmobilização das equipes que atuavam nos dois complexos.
Nesta terça-feira (17), a Secretaria de Logística e Transportes (Selt) emitiu uma nota em que diz que continuará à frente da gestão dos aeroportos de Torres e Canela até a conclusão da transição operacional para a Infraero, que pode durar até 120 dias. A solicitação foi feita pela própria Infraero, apesar de a empresa pública ter anunciado que assumiria a gestão dos terminais em até 15 dias após a publicação da transferência da outorga no Diário Oficial da União, em 4 de setembro.
Em encontro realizado nesta terça-feira (17), entre a Selt e a Infraero, ficou definido que o Estado permanecerá responsável pela operação dos aeroportos até o final da transição. A Infraero, por sua vez, se comprometeu a acelerar o processo e cumprir o prazo de 15 dias assumido diante do Governo do Estado.
Uma nova reunião ocorrerá nesta quarta-feira (18), quando deverá ser definido o prazo exato para a transferência total da gestão e operação dos terminais para a Infraero. Além disso, a empresa pública garantiu que até quarta-feira irá retirar as máquinas das pistas dos aeroportos de Torres e Canela, permitindo a reabertura dos terminais na quinta-feira (19/9).
Na mesma reunião, a Infraero apresentou a minuta do Plano de Transição Operacional (PTO), um documento que detalha as etapas para a transferência de gestão. Também ficou acordado que a empresa enviará um ofício à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) comprovando a desobstrução das pistas, essencial para que as operações dos dois aeroportos sejam liberadas.
Desde o início das negociações, em julho deste ano, a Infraero já havia informado ao Governo do Estado que assumiria a operação dos terminais de Torres e Canela em um prazo de 15 dias. Contudo, o processo tem se estendido devido à necessidade de ampliar os investimentos e realizar as adequações necessárias nas instalações aeroportuárias.