Uma carta contrária às manifestações em frente à sede do 3º Grupo de Artilharia Antiaérea (GAAAe), em Caxias do Sul, foi lida pelo vereador Lucas Caregnato/PT, na sessão ordinária da quinta-feira (17). Assinado por moradores dos bairros Rio Branco e São Pelegrino, o documento pede o auxílio do Legislativo caxiense, para restabelecer a ordem, nas imediações do Quartel do Exército
De acordo com o parlamentar, os comunitaristas consideram os referidos atos como violentos, com incitação à instalação de um estado de exceção, indo de encontro aos princípios fundamentais da Constituição. As manifestações estão acontecendo diariamente, desde o término do 2º turno das últimas eleições, em 30 de outubro passado, das quais saiu eleito presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, que irá para o seu 3º mandato, na União, a partir de 1º de janeiro de 2023.
Confira a carta dos moradores do bairro Rio Branco.
Vereadores do PT criticam as manifestações
O vereador Lucas ressaltou que o país funciona sob um Estado Democrático de Direito.
“Incitar uma intervenção militar é algo ilegal. O próprio artigo 5º da Carta Magna libera manifestações, desde que sejam pacíficas”, ponderou. O petista também considerou ruim recente colocação do secretário municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade, Alfonso Willenbring Júnior, que teria minimizado os efeitos das mencionadas manifestações.
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Em seguida, a vereadora presidente da casa, Denise Pessôa, apoiou a carta.
“É uma forma civilizada de manifestar opinião. Faltam medidas efetivas do prefeito municipal, no sentido de garantir maior tranquilidade aos moradores daquele perímetro da cidade”, alertou.
Vereador Adriano Bressan defende os manifestantes
O vereador Adriano Bressam/PTB usou a tribuna da casa legislativa para defender o movimento, que considerou democrático, pacífico e patriota. Também destacou que se algum excesso foi registrado, o mesmo foi de forma individual, e deve ser reprimido. Ele também apresentou um vídeo onde uma mulher não identificada passou caminhando nas proximidades do local, provocando e ofendendo os manifestantes.
“As manifestações que estão ocorrendo representa a opinião de uma grande parcela da comunidade. São atos pacíficos, sem confusões ou agressões. Engraçado o PT criticar os protestos, eles ficaram mais de dois anos em frente a Polícia Federal de Curitiba, no período que o presidente eleito Lula ficou preso, e ninguém da esquerda usou a tribuna para criticar os manifestantes da época” destacou Bressan.
