Caxias do Sul recebe a primeira central de atendimento a vítimas de crimes do interior do RS

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP/RS) inaugurou, na manhã desta terça-feira (18), na Promotoria de Justiça de Caxias do Sul, a primeira Central de Atendimento às Vítimas e Familiares de Vítimas de Crimes e Atos Infracionais, chamada de Espaço Bem-me-quer, no Interior do Estado. A finalidade é concretizar a condição de sujeito de direitos das vítimas de crimes, através de serviços voltados para a informação, apoio, acolhimento, reparação e promoção de meios efetivos de participação no processo penal.

Além dos promotores Adrio Gelatti, Eduardo Lumertz, Adriana Chesani, Jeanine Mocellin, Vanessa da Silva, Melissa Soares, Nair Christina de Moraes, Fernanda Pereira, Denis Gitrone, Simone Martini, Deoclécio Gonçalves Júnior e Ana Flávia Rezende; a solenidade contou com a presença de autoridades de nível estadual. Estiveram presentes o procurador-geral de Justiça do Estado, Alexandre Saltez; o corregedor-geral do MP, Fábio Roque Sbardellotto; e a ouvidora da Mulher, Sara Duarte Schütz.

“Chegou a hora de olhar para as vítimas e nós estamos fazendo hoje aqui o que o mundo inteiro está fazendo, em termos de Justiça Criminal, que é olhar para aquela pessoa vulnerável no processo e que precisa de alguém que a acolha. E esse alguém é o Ministério Público”, afirmou Saltz.

Protagonismo

Assim como Caxias do Sul em relação do Estado, o MP gaúcho é pioneiro na instalação de uma central de atendimento para as vítimas no país. A coordenadora do Centro de Apoio Operacional Criminal (CAOCRIM) e do Núcleo de Promoção dos Direitos das Vítimas (NUVIT), promotora Alessandra Moura Bastian da Cunha, conta que já atuou em Caxias do Sul, onde começou a desenvolver a ideia. A cidade também foi escolhida tendo em vista a centralização regional.

“Nós fizemos um projeto que foi aprovado pelo Departamento Penitenciário Federal, que nos deu uma verba, e nós tivemos que escolher cidades do Estado para implantar as centrais. Caxias do Sul é a cidade-polo da Serra Gaúcha, até porque a central, além de fazer o atendimento da comunidade local, vai ter como perspectiva, incentivar nas outras comarcas da região que também se faça esse atendimento pelos promotores de Justiça. Por outro lado, também porque foi a cidade onde nasceu o projeto, onde eu o idealizei”, afirma Alessandra.