O Vereador Moisés Scussel utilizou a tribuna na sessão ordinária do legislativo de Bento Gonçalves desta segunda-feira (23), para um contundente alerta:
“É preciso mais que presença, precisamos de ação concreta”
Ele se refere aos riscos geológicos e à ocupação desordenada do solo urbano assim como a urgência de ações estruturais concretas por parte do Poder Público.
O parlamentar iniciou sua fala reconhecendo o papel imprescindível da imprensa local, que, segundo suas palavras, dá coro e dá voz ao que ocorre dentro da Casa Legislativa. Em seguida, referenciou manifestações anteriores de colegas, destacando a fala do vereador Pessuto sobre o Plano Diretor e construções em áreas inadequadas.
O vereador Moisés Scussel lembra que por anos, de maneira desordenada ou descuidada, edificações brotarem em zonas de risco.
O vereador relembrou visitas recentes a bairros como Vila Nova, Eucaliptos, Municipal e localidades do interior como Linha Ferri, realizadas durante o feriado, em companhia do vereador Joel Bolsonaro (PL). Segundo ele, os encontros com moradores afetados pelas chuvas revelaram não apenas os danos físicos, mas também a angústia crescente de famílias que vivem sob constante ameaça de deslizamentos e alagamentos.
“Não conseguimos mais repousar tranquilos quando a chuva insiste em cair; vivemos a tensão que antes era pontual e agora se tornou constante”, afirmou em fala que também esteve presente na manifestação do vereador do PP, Duda Pompermayer.
Alerta sobre riscos geológicos e ocupação desordenada
Destacou ainda a fragilidade de áreas como a via Aristides Bertuol, atingida recentemente por deslizamentos de terra. Ele lembrou não ser a primeira vez que isto acontece. O vereador elogiou a presença da Defesa Civil e de técnicos municipais, mas reforçou:
“Mais do que acompanhamento técnico, necessitamos de ações efetivas e planejadas”.
Para Scussel é inadmissível a ausência de um muro de contenção na obra da terceira pista da via Aristides Bertuol entre o bairro Eucaliptos e o Barracão.
Por fim, voltou a abordar o problema da liberação de loteamentos em áreas com forte declividade, como ocorre na região superior do bairro Vila Nova.
“A liberação de empreendimentos em terrenos com topografia acentuada é, no mínimo, temerária. A especulação imobiliária não pode se sobrepor à segurança da população”, concluiu.