Após mais de quatro décadas de reivindicações pela despoluição do Lago Fasolo, a comunidade de Bento Gonçalves começa a ver avanços concretos. A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), concluída em julho, apresenta resultados positivos na redução de poluentes no lago, com monitoramento da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan).
A obra, que custou R$ 1,67 milhão, foi projetada para atender 104 domicílios e possui capacidade de 0,4 litros por segundo e sistema para tratamento de esgoto sanitário. A Corsan realiza análises periódicas na entrada de esgoto bruto e na saída do efluente tratado, além de monitorar dois pontos estratégicos no lago, acompanhando a diminuição da poluição após a ativação da ETE.
Dados de outubro de 2023, antes da operação da ETE, comparados aos registros de agosto a outubro de 2024, mostram uma queda expressiva nos níveis de Escherichia coli, principal indicador biológico de contaminação por esgoto. No ponto 1 de monitoramento, a concentração da bactéria caiu de 4.870 NMP/100 ml para 340 NMP/100 ml; no ponto 2, de 708 NMP/100 ml para 30 NMP/100 ml, evidenciando a eficácia do tratamento.
Área de Lazer
Simultaneamente, a Prefeitura de Bento Gonçalves dá continuidade às obras de revitalização da área, com a construção de uma pista ao redor do lago e instalação de estruturas de segurança para evitar a entrada de veículos. Em uma segunda etapa, haverá a conclusão do serviço com paisagismo, iluminação, pavimentação da pista e outras ações. Para isso, o poder público pretende realizar um concurso para escolher as melhores ações para qualificar o espaço.
Bactéria
Escherichia coli é o nome de uma bactéria que habita o intestino de animais endotérmicos, cuja presença pode indicar aspectos relativos à qualidade da água e de alimentos. A E. coli também pode provocar doenças como infecções urinárias, diarreia e a colite hemorrágica e síndrome hemolítico-urêmica.