O Conexão 8, realizado em Bento Gonçalves entre 25 e 27 de setembro, reuniu cerca de 300 pessoas durante os três dias de conferência, incluindo autoridades, palestrantes e membros da equipe organizadora. O evento debateu sobre os desastres climáticos no Rio Grande do Sul, com o objetivo de apresentar soluções e tecnologias para tornar as cidades mais resilientes.
De acordo com a engenheira ambiental, Taísa Trevisan, os principais resultados do evento foram a conscientização sobre a urgência das questões climáticas. Além do fortalecimento da colaboração entre diferentes setores, como autoridades públicas, instituições educacionais e de pesquisa, iniciativa privada e sociedade civil.
Conforme a engenharia, os desafios relacionados à gestão de crises climáticas são complexos, pois esses eventos estão se tornando cada vez mais extremos.
“A necessidade de financiamento para implementar as propostas, a resistência política e burocrática a mudanças, a falta de dados atualizados que sustentem as novas políticas e os entrelaçamentos da sociedade civil”, cita.
No Conexão 8, alguns cases de sucesso em gestão de crises climáticas de outras regiões foram destacados, podendo adaptá-los à realidade da Serra Gaúcha.
“É necessário se readaptar constantemente, uma vez que o que vivemos e viveremos é algo sem precedentes. Durante o evento, foi mencionado o exemplo das ‘cidades esponjas’, que combinam infraestruturas de contenção e prevenção contra alagamentos, não apenas nas áreas sujeitas a enchentes, mas também na Serra Gaúcha. Essas medidas visam auxiliar na absorção da água, reduzindo sua velocidade e volume antes que ela chegue às regiões mais baixas. Além de ter sido levantado a forma de realizar as contenções e cicatrização de pequenas áreas de deslizamento”, explica a engenheira ambiental.
Ela ressalta sobre quais os próximos passos para manter o engajamento das autoridades, empresas e da sociedade civil na implementação de estratégias preventivas contra tragédias climáticas.
“A realização de eventos periódicos para discutir o progresso, criação de um comitê permanente que monitore e avalie as ações e promoção de campanhas de comunicação que mantenham o tema em evidência”, completa.
Entre as soluções práticas discutidas, são destaques:
- Gestão Integrada de Riscos e implementação de sistemas de alerta precoce para desastres;
- Criação de instâncias de Governança Municipal e Regional;
- Campanhas de educação e sensibilização sobre práticas sustentáveis;
- Parcerias entre governos locais e a comunidade para a criação de infraestrutura mais resiliente.