O médium e expositor espírita Divaldo Franco faleceu nesta terça-feira (13), aos 98 anos. Ele enfrentava um câncer na bexiga desde novembro de 2024 e, segundo informações, teve complicações que resultaram em falência múltipla dos órgãos. A causa exata da morte ainda não foi confirmada.
Reconhecido como uma das maiores referências do espiritismo no Brasil, Divaldo Franco iniciou o tratamento logo após o diagnóstico, ainda em estágio inicial, com sessões de radioterapia e doses leves de quimioterapia.
Natural de Feira de Santana, na Bahia, ele dedicou mais de 70 anos à divulgação da doutrina espírita. Sua trajetória ganhou força a partir de 1952, quando fundou a Mansão do Caminho, em Salvador — um projeto social que, desde então, oferece apoio educacional e assistencial a milhares de pessoas em situação de vulnerabilidade.
Com o passar dos anos, a instituição se expandiu, abrindo escolas, clínicas e espaços de formação profissional. O trabalho é financiado por meio da venda de livros psicografados por Divaldo e de gravações de suas palestras e mensagens.
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Ele escreveu mais de 250 livros, muitos atribuídos a espíritos, e foi tema de uma biografia lançada em 2015. Apesar de não ter tido filhos biológicos, foi considerado uma figura paterna por centenas de jovens (cerca de 600) que auxiliou ao longo da vida.
Legado e Primeiros Anos
Nascido em 5 de maio de 1927, Divaldo era o caçula de 12 irmãos. De acordo com sua biografia, ainda na infância já manifestava sinais de mediunidade, o que causou conflitos familiares. Foi apenas anos depois, após enfrentar uma grave doença, que recebeu orientação espiritual e passou a compreender sua sensibilidade.
Em novembro de 2024, ele foi internado no Hospital São Rafael, onde recebeu o diagnóstico do câncer. Após a alta, iniciou o tratamento no Hospital Santa Izabel, com acompanhamento médico, nutricional e fisioterapêutico.
No início de 2025, Divaldo teve nova internação para tratar uma infecção urinária. Depois disso, voltou para casa e seguiu sob cuidados domiciliares.
