JUSTIÇA

Deputado protocola habeas corpus coletivo em favor dos presos do 8 de janeiro

Pedido foi encaminhado ao STF pelo Deputado Federal Zucco e busca estender benefícios já concedidos a outros detentos

Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados/Divulgação
Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados/Divulgação

O deputado Coronel Zucco (PL-RS), líder da oposição na Câmara, apresentou um habeas corpus (HC) coletivo em favor de pessoas envolvidas nos atos de 8 de janeiro de 2023. O pedido foi direcionado ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso.

O documento solicita a aplicação de medidas já concedidas a outros condenados, incluindo a possibilidade de cumprimento de pena em regime domiciliar. O parlamentar menciona especificamente casos julgados anteriormente, como o de Jaime Junkes, cuja pena foi convertida por decisão do ministro Alexandre de Moraes.

Denúncias de violações a direitos fundamentais embasam o pedido

De acordo com Zucco, há relatos de abusos contra os detentos relacionados aos atos do 8 de janeiro. O deputado afirma que há pessoas em situação de vulnerabilidade entre os presos, incluindo idosos, mães de crianças pequenas e indivíduos com problemas de saúde.

O Habeas Corpus argumenta que cerca de 200 pessoas ainda estão presas, algumas de forma provisória e outras com penas já definidas, e alega que esses indivíduos estão sendo tratados de forma desigual dentro do sistema penal. Diante disso, o documento solicita ao STF uma liminar para garantir a extensão dos direitos já reconhecidos em outros casos.

Pedido se baseia em decisões anteriores

Em entrevista, Zucco reforçou que o pedido se apoia em precedentes do próprio STF, que já concedeu prisão domiciliar em determinadas situações. O parlamentar defende que os mesmos critérios sejam aplicados aos detentos do 8 de janeiro que atendam aos requisitos legais.

O pedido contempla grupos específicos, como idosos, pessoas com doenças graves, gestantes, mães de crianças pequenas e homens que sejam os únicos responsáveis pelos filhos menores. O objetivo, segundo o deputado, é garantir que essas pessoas tenham acesso a um tratamento judicial justo e condizente com sua condição.