Após a recomendação do Ministério da Educação para que as escolas brasileiras retomem as aulas presenciais, grande parte dos estudantes e professores devem voltar ao ensino tradicional. É importante destacar que cada estado e município tem autonomia para decidir se as aulas retornam ou não. Para o sistema particular de ensino, as aulas foram mantidas por meio de sistemas online de aprendizado. Já no sistema público, esta medida não teve eficácia, visto a pouca digitalização dos estudantes de escolas públicas do país.
Justamente por conta disso, ainda que a pandemia não tenha chegado ao fim, o Governo Federal recomenda o retorno às escolas. Em pronunciamento oficial, o ministro da educação, Milton Ribeiro, informou que o sistema público de educação no país está preparado para receber os alunos. “Fornecemos protocolos de biossegurança sanitários a todas as escolas, tanto da educação básica quanto do ensino superior. […] O Governo Federal, desde o início da pandemia, trabalha para garantir que este retorno seja seguro para todos vocês. Estamos preparados”, afirma o ministro.
A sociedade médica também apoiou o retorno do ensino presencial. Segundo o médico pediatra Renato Kfouri, membro da Sociedade Brasileira de Imunizações, neste momento da pandemia, as escolas não representam risco de contágio maior que outros ambientes já liberados. “Não faz sentido nós termos shoppings centers, praias, bares, restaurantes, academias abertas e escolas fechadas, já que o dano para a educação das crianças é muito grande com a ausência da escola. […] Então, a volta às aulas é mais que necessária. É claro que, hoje, a vacinação de boa parte dos funcionários da educação ajuda, mas não deve ser um limitador para essa volta às aulas, com todos os protocolos de segurança”.
O Guia de Implementação de Protocolos de Retorno das Atividades Presenciais nas Escolas de Educação Básica, elaborado pelo MEC, prevê recomendações, como: uso de máscara; lavar frequentemente as mãos até a altura dos punhos, ou higienizar com álcool em gel 70%; respeitar o distanciamento de pelo menos um metro; não compartilhar objetos de uso pessoal, como copos e talheres, nem materiais didáticos, brinquedos ou jogos.