Viva com Saúde – 23/05/2025 – Mudanças climáticas potencializam alergias

Foto: Freepik
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No Viva com Saúde de hoje vamos falar sobre a relação das mudanças climáticas com as alergias.

A relação entre as mudanças climáticas e o aumento de casos de alergias vem despertando preocupação, especialmente nas regiões subtropicais do Brasil. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as oscilações no clima já afetam negativamente a qualidade do ar e potencializam a distribuição de alérgenos no ambiente.

No Brasil, um estudo conduzido pela Sociedade Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) alerta que episódios extremos de calor, aumento da umidade e alterações na estação polínica estão provocando uma elevação significativa nas queixas alérgicas, especialmente no Sul do país, onde os eventos climáticos extremos têm se intensificado.

O cenário vem elevando os casos de rinite alérgica, segundo o Guia de Bolso sobre Mudanças Climáticas para Profissionais de Saúde, do Ministério da Saúde. Em regiões secas, partículas em suspensão e nuvens de poeira agravam problemas respiratórios e irritações nos olhos. Já na estação seca, o calor e a baixa umidade favorecem a presença de micropartículas, pólen, bactérias, mofo e fungos. O dióxido de carbono (CO₂) em alta também contribui, ao estimular o crescimento de plantas e a produção de pólen.

Dentre as alterações do clima e suas consequências, de acordo com o estudo, existe um alerta para os riscos respiratórios provocados por mofo e bolor. A umidade deixada pelas inundações, no caso das enchentes recentes do Rio Grande do Sul, por exemplo, favorece a proliferação fúngica, que pode causar sintomas como tosse e falta de ar, tanto em pessoas alérgicas quanto naquelas sem histórico de alergias. A reação é provocada pelas toxinas liberadas pelos fungos no ambiente.

As medidas preventivas, segundo especialistas, devem começar pela prioridade em manter os ambientes limpos, com o mínimo possível de poeira, ácaros e mofo. Entre as principais recomendações citadas pela especialista estão:

• Evitar o contato com cortinas, tapetes e objetos que acumulem pó;

• Manter as janelas abertas para garantir a circulação de ar;

• Utilizar capas antiácaros em colchões e travesseiros;

• Limpar com frequência os filtros de ar-condicionado;

• Evitar a prática de atividades físicas próximas a vias com tráfego intenso;

• Lavar as mãos corretamente;

• Não acumular livros dentro do quarto.