Viva com Saúde – 21/06/2025 – Dermatite atópica

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Foto: Freepik
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No Viva com Saúde de hoje vamos falar sobre a dermatite atópica.

O SUS (Sistema Único de Saúde) passou a oferecer tratamento para dermatite atópica, doença crônica que afeta mais crianças e causa inflamações na pele, com lesões e coceiras intensas. Foram incorporados três novos medicamentos que possibilitam tratar a condição desde as fases iniciais até quadros mais graves.

A medida foi anunciada pelo Ministério da Saúde com a publicação de três portarias que incluem no SUS duas pomadas para a pele —o tacrolimo e o furoato de mometasona— e o medicamento oral chamado metotrexato.

O tacrolimo fortalece a barreira cutânea (proteção natural da pele) e trata lesões em áreas sensíveis sem causar efeitos colaterais comuns dos corticoides tópicos, como afinamento da pele, vermelhidão e maior risco de infecções locais. Já o furoato de mometasona ajuda na cicatrização rápida e aumenta a adesão ao tratamento, enquanto o metotrexato oral controla as crises da doença e reduz a necessidade do uso prolongado de corticosteroides sistêmicos.

Com recomendação favorável da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS), o tacrolimo tópico e o furoato de mometasona poderão tratar pessoas que não podem utilizar corticoides ou apresentam resistência aos tratamentos até então disponíveis.

O Ministério da Saúde afirma que o metotrexato será utilizado no manejo da dermatite atópica grave, principalmente para pacientes que não podem utilizar a ciclosporina, outro medicamento já disponibilizado na rede pública.

A pasta destaca que os novos medicamentos permitirão tratamentos mais personalizados e com menos efeitos colaterais, ajustados à gravidade da condição. Além disso, ressalta a importância de combater os estigmas sociais enfrentados por pessoas com lesões visíveis na pele, que podem causar preconceitos e impactar negativamente a vida social e a qualidade de vida de crianças e adultos acometidos pela doença.

A dermatite atópica é uma doença não contagiosa, genética e crônica, caracterizada principalmente por coceira intensa e pele ressecada. Ela afeta especialmente as áreas de dobras do corpo, como a parte frontal dos cotovelos, atrás dos joelhos e o pescoço. Em crianças pequenas, o rosto é frequentemente uma área afetada.