No Viva com Saúde de hoje vamos falar sobre novos tratamentos do câncer de mama.
O tratamento de pacientes com câncer de mama com uma pílula experimental —ao primeiro sinal de resistência às terapias padrão— reduziu pela metade o risco de progressão da doença ou morte, uma descoberta que pode mudar a prática médica, segundo especialistas.
Os resultados, apresentados na reunião da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco, na sigla em inglês) em Chicago, marcam o primeiro uso de um teste sanguíneo chamado biópsia líquida para indicar a necessidade de uma mudança no tratamento em mulheres com uma forma comum de câncer de mama, mesmo antes que o crescimento do tumor possa ser detectado em exames de imagem.
O estudo envolveu 3.256 pacientes com câncer de mama avançado receptor hormonal positivo, HER2-negativo, o tipo mais comum em que hormônios como o estrogênio alimentam o crescimento do câncer. Esses cânceres não apresentam altos níveis de HER2, outro impulsionador do câncer.
As mulheres no estudo tinham pelo menos seis meses de tratamento com inibidores da aromatase que bloqueiam os hormônios que alimentam o câncer, bem como medicamentos direcionados.
Cerca de 40% das pacientes tratadas com inibidores da aromatase desenvolvem mutações no gene do receptor de estrogênio 1, chamadas mutações ESR1, um sinal de resistência precoce ao medicamento.
Os pesquisadores descobriram que levou 16 meses para a doença progredir em mulheres que receberam camizestrant, em comparação com 9,2 meses naquelas que continuaram com a terapia padrão, uma diferença estatisticamente significativa em uma medida conhecida como sobrevida livre de progressão.