
Inicialmente este artigo é uma manifestação que traz uma verdade desagradável e angustiante, então se você não quer se decepcionar assim como me decepcionei comigo ao perceber meu passado, NÃO LEIA. Estou consciente que receberei críticas de muitas pessoas, inclusive próximas, no entanto um crítico não pode ser escravo somente de belas palavras e expressões, mas do que pensa ser verdade e principalmente baseado em uma lógica, em números estatísticos reais como é o presente caso. Esta verdade não raras vezes desagrada, contudo, haverá uma parcela de leitores que poderão assimilar as reflexões e usá-las em seu progresso moral, sendo este o verdadeiro objetivo de minhas proposições.
Importante compreender que estamos neste plano porque somos imperfeitos, cometemos nossas faltas indiferentes da posição social ou profissional que estamos. Ninguém é melhor que ninguém e por vezes ainda, criticamos quem está acima de nós, sem outro objetivo a não ser o desejo de estar no seu lugar.
Historicamente a autoridade era desempenhada pela Aristocracia, uma forma de governo na qual o poder político era exercido pela Monarquia e a Nobreza que, de maneira geral representava uma sociedade hierárquica com privilégios, chamados de Patrícios. Uma segunda forma de poder era representado pela Igreja que dominava o cenário religioso, com poderes espirituais que influenciavam o modo de pensar e agir da sociedade, detinha ainda poderes econômicos e grandes extensões de terras. E um terceiro poder servia para dar sustentação aos outros e a si mesmo, neste caso representado pelo exército e mercenários, estes últimos eram soldados que lutavam objetivando pagamento ou divisão de despojos, sem ideais elevados ou fidelidades. Assim quanto mais recursos tinha um nobre, melhores eram suas tropas, refletindo a ordem social do feudalismo vigente na época medieval. Não esquecendo que este poder era imposto a classe social que não nasceu na nobreza, o povo, classe “baixa” da população que, embora fossem a maioria, não tinham inicialmente poder político nem civil, eram chamados de Plebeus que etimologicamente significava “pés de poeira”, muitas vezes eram escravos da classe privilegiada.
As comunidades que exerciam o poder daquela época reencarnaram e procuraram atividades ou profissões que lhe tragam o mesmo prazer do mando e da subjugação frente aos mais fracos. Então dividiram-se nesta nova e moderna sociedade, mas sempre com lembranças reminiscentes de quem foram. Eis que surge um representante ao cargo político com todas estas características que poderia fazer com que se aproximassem novamente para satisfazerem suas ambições. Através da estatística eleitoral percebemos que um alto percentual de eleitores, mesmo que aparentemente de ideologias conflitantes, uniu-se em uma mesma opção de voto.
Assim o antigo poder da Igreja encontrou eco junto a muitos Evangélicos e Maçons. A Aristocracia e os Senhores Feudais, são representados por quem também possui grandes extensões de terras hoje. Os Patrícios renasceram e agora são empresários, políticos e outras classes profissionais que de certa forma lhe trazem de volta o poder do mando, satisfazendo lembranças escravocratas do passado, mas que hoje a legislação moderna proíbe. Esta é a razão de aplaudirem atos e falas preconceituosas de quem os representa, embora seu orgulho não permita este reconhecimento.
Não esquecendo ainda os representantes do exército do passado que eram responsáveis por manterem a comunidade religiosa e aristocrata no poder através da força, então nesta aliança encontram a forma de também retornarem ao comando. Este grupo hoje se espalhou através das forças de segurança como exército, polícia civil e militar, entre outros que exercem atividades de salvaguarda.
E por último os mais perversos mercenários que hoje encontram sua satisfação macabra junto às milícias localizadas em determinados centros comunitários.
Há ainda aqueles que fizeram parte destes grupos do poder, mas que hoje não exercem funções poderosas, mas ainda possuem em seu íntimo este desejo deslembrado. Estando muitas vezes em total desconforto que os leva a conflitos emocionais, fazendo-os perceberem que estão no lugar e na posição social/familiar diversa que gostariam – “estranhos no ninho”. Essas pessoas querem de volta algo que já possuíram, mas hoje não possuem mais, causando-lhes enorme irritabilidade e desconforto, eis a origem de muitas patologias psíquicas facilmente observadas na sociedade atual e exaradas nas redes sociais sua intolerância.
Assim através de uma única pessoa ou família perceberam que novamente sua ideologia de retorno ao poder, novamente poderia reinar e prevalecer diante dos mais fracos. Sem esquecer obviamente que muitos eleitores inocentes e de bom coração que fazem parte destes grupos foram arrastados num efeito manada de convencimento, até porque, por vezes, ainda estão em posição profissional hierárquica inferior, sendo comandados por estes.
Enfim é uma realidade pesada e que ficamos tristes, pois iremos nos identificar em alguma classe privilegiada ou não e neste sentido peço perdão e me penitencio por quem no passado e no presente de alguma forma eu ofendi, pois a luta pelo poder é algo histórico e por vezes insano. Contudo, mais uma vez o processo reencarnatório traz a possibilidade de reforma íntima, lapidando nossos defeitos numa transformação evolutiva que levará a verdadeira felicidade…
“Se queremos progredir, não devemos repetir a história, mas fazer uma história nova”. (Mahatma Gandhi)
“Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. (João 3:3)
Escrito por Mauro Falcão, em 11.04.2021, para o Portal Leouve e Tábuas da Verdade .’.