Polícia

Extraditado ao Brasil, paraguaio líder de facção desembarca no aeroporto de Caxias do Sul

O paraguaio é um dos principais líderes da organização criminosa que teria enviado 17 toneladas de cocaína para a Europa e está no sistema prisional gaúcho

Extraditado ao Brasil, paraguaio líder de facção desembarca no aeroporto de Caxias do Sul
Extraditado ao Brasil, paraguaio líder de facção desembarca no aeroporto de Caxias do Sul (Foto: PF/Divulgação)

A Polícia Federal executou a extradição de um criminoso paraguaio investigado e preso preventivamente na Operação Hinterland, deflagrada em 2023, para desarticular um grupo responsável pelo envio de 17 toneladas de cocaína da América do Sul para a Europa por meio de portos brasileiros. O preso desembarcou no Aeroporto Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul, e foi encaminhado ao sistema prisional do Rio Grande do Sul. Após, deverá ser transferido ao sistema penitenciário nacional. O extraditado tem mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça Federal.

A Polícia Federal ainda aguarda a extradição de outro estrangeiro investigado na Operação Hinterland, de origem albanesa e preso em Dubai, responsável pela distribuição da cocaína no continente europeu.

A Operação Hinterland foi deflagrada em março de 2023 com o cumprimento de 534 ordens judiciais, entre mandados de prisão preventiva executados nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Amazonas e Rondônia, bem como na cidade de Assunção, no Paraguai e em Dubai. Também foram sequestrados 87 bens imóveis, 173 veículos, uma aeronave, bloqueios de contas bancárias vinculadas a 147 CPFs e CNPJs, 66 bloqueios de movimentação imobiliária de 66 pessoas físicas e jurídicas, totalizando a execução de 534 ordens judiciais.

Com as medidas adotadas, a descapitalização da organização foi estimada em R$ 3,85 bilhões.

Em nota, o Escritório Aury Lopes Jr Advogados, que representa o paraguaio extraditado, diz que ele é um empresário paraguaio, que sempre esteve à disposição da Justiça e que vai recorrer.

“A defesa esclarece que está recorrendo da decisão de extradição e também da que decretou a prisão preventiva, aguardando uma manifestação dos tribunais superiores que deverá ocorrer ao longo da semana. Ele não possui qualquer relação com os fatos e irá comprovar isso ao longo da instrução, sendo completamente desnecessária sua prisão e a própria extradição.”