Caxias do Sul

Prefeitura de Caxias do Sul projeta demolição de casas em 21 bairros após chuvas; saiba as localidades

Secretaria Municipal da Habitação está em processo de cadastros para obter aval do governo federal em relação às remoções; famílias afetadas são auxiliadas com subsídios em dinheiro, segundo a administração

Prefeitura de Caxias do Sul estima que entre 60 a 70 casas precisarão ser demolidas após chuvas; saiba as localidades
Galópolis é uma das regiões mais afetadas | Foto: Marcelo Oliveira/Grupo RSCOM

As chuvas históricas de maio deixaram inúmeros prejuízos estruturais em Caxias do Sul, e evidenciaram áreas de risco para moradias. A Secretaria Municipal da Habitação (SMH) estima que entre 60 a 70 casas precisarão ser demolidas em decorrência de desmoronamentos em pelo menos 21 bairros. As residências estão situadas em comunidades como Galópolis — que concentra alguns casos —, Monte Carmelo, Fátima, Canyon e Reolon (veja ao fim da matéria a lista completa).

A pasta realiza levantamentos e laudos das localidades afetadas para cadastrar no Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID), da Defesa Civil em nível nacional, que encaminha ao Ministério das Cidades para aprovação ou não de ações posteriores. O banco de dados do governo federal tem o objetivo de gerenciar as informações em relação a desastres em todo o país, inclusive, para facilitar a liberação de recursos.

Para que os trabalhos de remoção tenham início em Caxias, é necessário o aval do Ministério das Cidades. Sendo assim, ainda não há previsão para as demolições.

Segundo o secretário da Habitação, Volmir João Moschen, na última sexta-feira (16) a pasta recebeu a visita da representante da Defesa Civil nacional Morgana Sleifer para auxílio no encaminhamento das demandas.

“Estamos fazendo levantamentos e laudos dessas residências para cadastrar no programa S2iD, da Defesa Civil. Conforme portaria dos ministérios da Integração e das Cidades, podemos retirar alguma casa que esteja adjacente àquela que vai ser demolida por estar em local de risco para que não haja transtornos mais adiante”, afirma Moschen.

De acordo com o titular da SMH, as áreas de instabilidade estão divididas em três lotes: no 1° foram cadastradas 25 moradias; o 2° compilará informações sobre 25 a 29 moradias em risco; enquanto o 3° lote, referente ao interior do município, deve agrupar em torno de 20 casas.

As famílias afetadas são auxiliadas pelo município, conforme Moschen. São disponibilizados dois formatos de subsídio em dinheiro. Um é pago por meio da Fundação da Assistência Social (FAS), são quatro parcelas de R$ 1.412,00. A outra medida de transferência de renda é o Auxílio Moradia, no valor de R$ 804,00 mensais — oito famílias foram incluídas na modalidade somente no mês passado.

“De parte do município, (as famílias) estão sendo auxiliadas com recursos da FAS. Uma boa parte está recebendo Auxílio Moradia, e alguns estão em casas de parentes. O município também colocou o auxílio da FAS para eles terem alguns meses de rendimento. Ainda aguardamos a liberação do Auxílio Reconstrução (do governo federal)”, explica.

O secretário reforça, ainda, que os locais onde as residências serão removidas não poderão mais ser utilizados para futuras construções.

Confira a lista de bairros que terão casas demolidas

Bairros que tiveram residências incluídas no 1° lote de cadastro no S2iD:

  • Cânyon;
  • Reolon;
  • Ana Rech;
  • Villa-Lobos;
  • Pôr do Sol;
  • Santa Tereza;
  • Belo Horizonte;
  • Galópolis;
  • Salgado Filho;
  • Vila São Pedro.

Casas afetadas no interior:

  • Vila Oliva;
  • Santa Lúcia do Piai;
  • Vila Cristina.

No 2° lote serão incluídas casas dos bairros:

  • Monte carmelo;
  • Kayser;
  • Planalto;
  • Diamantino;
  • São Vitor Cohab;
  • Fátima;
  • Paraíso Cristal;
  • Nossa Senhora da Conceição.

*Novas áreas podem surgir, uma vez que os cadastros estão em andamento e a SMH ainda visita áreas atingidas