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A presença feminina na arbitragem da Copa América 2024

Neusa Back e Edina Alves (Foto: Divulgação)
Neusa Back e Edina Alves (Foto: Divulgação)

A Copa América 2024 não só entrou para a história por ser a primeira edição realizada fora da América do Sul, mas também por marcar um passo crucial na busca pela igualdade de gênero no futebol. Pela primeira vez na história do torneio, árbitras mulheres foram escaladas para atuarem nas partidas, abrindo portas para uma nova era na arbitragem e inspirando futuras gerações.

O torneio começa em 20 de junho e se estende até 14 de julho, sendo organizado conjuntamente pela Conmebol e pela Concacaf, a Confederação da América do Norte, Central e Caribe. “Desde 2016, a Conmebol tem um compromisso firme com o desenvolvimento e a profissionalização de mulheres no futebol, tanto dentro quanto fora do campo, promovendo a igualdade em diferentes torneios”, destacou a organização.

Confira as árbitras escaladas para apitar a Copa America 2024

Edina Alves (BRA)

Nascida no Paraná, Edina atua como árbitra desde 2007, sendo árbitra da FIFA desde 2019. Também professora de Educação Física, ela alcançou o marco de ser a primeira mulher a arbitrar um jogo profissional masculino da FIFA. Sua atuação impecável na partida entre Equador e Venezuela rendeu elogios da crítica especializada e do público.

Neuza Back (BRA)

Natural de Santa Catarina, Neuza Back entrou para a profissão após influência do irmão, o árbitro André Back. Formada em Educação Física, ela concluiu o curso de arbitragem em 2008 e fez história no futebol ao fazer parte do primeiro trio feminino de arbitragem em uma Copa do Mundo em 2022.

Mary Blanco (COL)

Primeira árbitra colombiana a estrear na Copa do Mundo Feminina, Mary Blanco possui formação em Finanças pela Universidade Pedagógica e Tecnológica da Colômbia. Sua trajetória como árbitra começou no Colégio de árbitros de Boyacá.

Migdalia Rodríguez (VEN)

A venezuelana Migdalia Rodríguez completou o time de árbitras assistentes da Conmebol, trazendo sua experiência e contribuindo para a qualidade da arbitragem em diversos jogos. Ela iniciou sua carreira no futebol venezuelano em 2012 e desde então se mantém entre os principais árbitros do país. Jurada de competições internacionais desde 2022, ela foi selecionada para ser uma das árbitras nos Jogos Olímpicos de Paris.

Brooke Mayo (EUA)

Árbitra assistente, Brooke Mayo teve sua estreia em competições internacionais no Mundial Feminino Sub-20 de 2022. No ano seguinte, foi escolhida para arbitrar a partida final da Copa do Mundo feminina na Austrália. Brooke integra o time de arbitragem da FIFA e da Major League Soccer.

Kathryn Nesbitt (EUA)

Kathryn Nesbitt, antes era professora de química, deu seus primeiros passos como assistente árbitra profissional na Liga Nacional de Futebol Feminino em 2013. Em 2022, ela ela participou da Copa do Mundo masculina no Catar na partida pelas oitavas de final entre Senegal e Inglaterra.

Tori Penso (EUA)

O interesse de Tori pela arbitragem surgiu durante sua adolescência, o que a levou a trabalhar em campos de futebol de sua cidade. Em 2020, Tori foi a primeira mulher a arbitrar um jogo da Major League Soccer (MLS), principal liga de futebol masculino profissional dos EUA. Atualmente, ela faz parte do quadro oficial de árbitros da liga.

Tatiana Guzmán (NCA)
A nicaragüense Tatiana Guzmán atuou como árbitra de vídeo, função crucial para auxiliar os árbitros principais em lances duvidosos. Ela fez a transição para a arbitragem depois de encerrar sua carreira como jogadora. E foi a primeira mulher a arbitrar um jogo da primeira divisão masculina na Nicarágua, além de ser a primeira de seu país a comandar a final do Torneio de Qualificação Olímpica Feminina da Concacaf.

Um marco para a igualdade

A presença de árbitras mulheres na Copa América 2024 representou um marco histórico para o futebol, demonstrando que as mulheres são plenamente capazes de arbitrar partidas de alto nível com profissionalismo, competência e imparcialidade. Essa conquista abre caminho para que mais mulheres sigam carreiras na arbitragem, inspirando novas gerações e combatendo o machismo ainda presente no esporte.

Apesar do sucesso da iniciativa, ainda há um longo caminho a ser percorrido para alcançar a igualdade de gênero na arbitragem. O número de mulheres escaladas para a Copa América 2024 ainda foi pequeno em comparação com o número de árbitros homens, e as mulheres ainda enfrentam diversos desafios, como preconceitos e falta de oportunidades.

Relembre a formatação dos grupos da Copa América

Grupo A

Argentina
Peru
Chile
Canadá

Grupo B

México
Equador
Venezuela
Jamaica

Grupo C

Estados Unidos
Uruguai
Panamá
Bolívia

Grupo D

Brasil
Colômbia
Paraguai
Costa Rica

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