As formas de prevenção e o combate aos focos do mosquito transmissor da dengue (Aedes aegypti), em Caxias do Sul, ganharam destaque na reunião pública da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, realizada na noite de sexta-feira (1º). O bate-papo aconteceu no estande da Câmara Municipal, localizado no Centro de Eventos do Parque Mário Bernardino Ramos. A condução das atividades coube ao vereador Olmir Cadore (PSDB), que preside o grupo parlamentar.
De acordo com a diretora das Vigilâncias em Saúde de Caxias do Sul, Sandra Tonet, o principal objetivo não é fazer pela cidade uma aplicação desenfreada de inseticida, usado para matar mosquitos adultos. Mas, sim, combater focos de proliferação do Aedes, que alcançaram o número de 181, sendo 130 deles em residências da cidade. Informou que a Secretaria da Saúde, pasta à qual as Vigilâncias estão vinculadas, recebe de 60 a 75 denúncias diárias sobre suspeitas de novos pontos com o agente transmissor.
Sandra reiterou que todos precisam fazer a prevenção básica, que é eliminar objetos que acumulem água, como vasos de flor. “É a prática preventiva que elimina o foco. A cidadania precisa entender que a dengue mata. Via de regra, o ovo do mosquito pode aguentar até 450 dias para encontrar dois centímetros de água e atingir o nascimento”, explicou.
Dados oficiais indicam que, em 2024, no Brasil há mais de 1 milhão de casos e 214 mortes. No Rio Grande do Sul são 10.387 casos em 466 dos 497 municípios gaúchos , com 11 óbitos. Em Caxias do Sul são três casos de dengue autóctone, contraída na cidade, e 13 casos importados, quando a pessoa que viajou e retornou doente.