Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), vinculado à Secretaria da Saúde, confirmou nesta sexta-feira (01/03/2024) o 10º e 11º óbito por dengue no Rio Grande do Sul. Os óbitos confirmados são de:
– Homem, 69 anos, residente em Novo Hamburgo. Com comorbidades, ocorrido em 23/02/2024. O município de Novo Hamburgo apresenta incidência de 823,4/100.000 hab. casos prováveis de dengue.
– Mulher, 71 anos, residente em Independência. Com comorbidades, ocorrido em 24/02/2024. Município de Independência apresenta incidência de 2.242,6/100.000 hab. casos prováveis de dengue.
A SES reforça a importância de que a população procure atendimento médico nos serviços de saúde logo nos primeiros sintomas. Dessa forma, evita-se o agravamento da doença e a possível evolução para óbito.
Todas as vítimas fatais no RS apresentavam outras doenças. A região noroeste registra o maior número de mortes em decorrência da dengue. Três delas ocorreram no município de Tenente Portela, o segundo mais infestado do RS, com 1.408 contaminações confirmadas, segundo a SES.
Quanto ao sexo das vítimas no RS, há um equilíbrio, seis são homens e cinco mulheres. No entanto, em Tenente Portela, todos os casos são do sexo feminino, com idades de 64, 71 e 75 anos. Além deste caso recente de Independência, na região noroeste, há, ainda, mortes em Cruz Alta (um homem de 63 anos) e Santa Rosa (uma mulher de 72 anos).
Óbitos em 2024 por data:
5 de fevereiro: mulher, 71 anos (Tenente Portela)
6 de fevereiro: homem, 65 anos (Santa Cruz do Sul)
9 de fevereiro: mulher, 71 anos (Santa Rosa)
19 de fevereiro: mulher, 64 anos (Tenente Portela)
20 de fevereiro: mulher, 75 anos (Tenente Portela)
21 de fevereiro: homem, 63 anos (Cruz Alta)
23 de fevereiro: homem, 76 anos (Lajeado)
26 de fevereiro: homem, 79 anos (Frederico Westphalen)
1º de março: homem, 59 anos (Canoas)
1º de março: homem, 69 anos (Novo Hamburgo)
1º de março: mulher, 71 anos (Independência)
Principais sintomas:
-febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias,
– dor retroorbital (atrás dos olhos);
-dor de cabeça,
-dor no corpo,
-dor nas articulações,
-mal-estar geral,
-náusea,
-vômito,
-diarreia,
-manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira.
Medidas de prevenção à proliferação e circulação do Aedes, com a limpeza e revisão das áreas interna e externa das residências ou apartamentos e eliminação dos objetos com água parada são ações que impedem o mosquito de nascer, cortando o ciclo de vida na fase aquática. O uso de repelente também é recomendado para maior proteção individual contra o Aedes aegypti.
Situação epidemiológica
Neste ano, o Rio Grande do Sul já registra 10.387 casos confirmados da doença, dos quais 8.882 são autóctones, que é quando o contágio aconteceu dentro do Estado, com os demais sendo importados (residentes do RS que foram infectados em viagem a outro local). Em 2023, foram mais de 34 mil casos autóctones. Ao todo, foram 54 óbitos em virtude da dengue no ano passado.