Após estar em Bento Gonçalves pela manhã desta segunda-feira (20), o Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho (PT) também cumpriu agenda em Caxias do Sul. O representante do Governo Federal se reuniu com lideranças para almoço e, posteriormente, se dirigiu ao Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos.
Acompanhado do presidente do Sindicato, Assis Melo, e de outras lideranças como o deputado estadual Pepe Vargas (PT) e o Gerente do Ministério do Trabalho e Emprego, Vanius Corte, o ministro falou com os trabalhadores e outras lideranças sindicais caxienses. Marinho não poupou críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Nós estamos fazendo um esforço grande, a destruição das políticas públicas, o desmonte da máquina pública, a exemplo disso é o próprio Ministério do Trabalho e Emprego que fechado e esquartelado (…) e que nós estamos tentando juntar agora para responder uma demanda crescente”, disse ao se referir sobre as fiscalizações contra trabalhos análogos à escravidão.
Ao defender a união dos sindicatos, ele afirmou que buscará uma reconstrução do ministério ao lado de tais lideranças. Falou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está trabalhando ao lado da pasta em inúmeras discussões para melhorar os sindicatos brasileiros, bem como dar maior estabilidade financeira para eles.
“O melhor sindicato é o mais forte possível para poder representar bem a classe. E esse é o esforço que nós queremos fazer, construir com as Centrais Sindicais, com os sindicatos, de forma a pensar: ‘qual revisão nós devemos fazer, quais pontos da reforma trabalhista, qual a estrutura sindical melhor para poder representar para o sindicato ser forte e recuperar o seu poder econômico”.
Luiz Marinho voltou a lembrar dos governos anteriores do Partido dos Trabalhadores (PT) e que buscará trabalhar na reconstrução e melhores condições aos trabalhadores. Também falou que é preciso resgatar as relações de civilidade no trabalho, ação que, segundo ele, deve ser feita ao lado dos Sindicatos e Centrais Sindicais, vereadores, deputados e de toda a sociedade.
“É assim que nós vamos resgatar e construir um processo de um país, que ele volte a ser feliz, que volte a trocar a página ódio, do preconceito pela página da esperança, e essa página nós queremos preencher com direitos, com respeito a comunidade LGBTQIA+, ao povo indígena, aos negros e povos de periferia”.
Assis Melo comentou com o representante do Governo Federal sobre a necessidade de correção da tabela do imposto de renda para o teto de R$ 5 mil, bem como maior valorização salarial aos trabalhadores. Segundo o ministro, ambas as pautas já estão no radar do Governo Federal, e que inclusive buscará resoluções ao lado de outros representantes do primeiro escalão do Governo Federal, como Fernando Haddad, ministro da Fazenda.
Na oportunidade, a presidente do Sindicato dos Servidores Municipais (Sindiserv), Silvana Pirolli, entregou um documento com solicitações a Marinho. Dentre elas a não aprovação da PEC 32, referente a reforma administrativa, regulamentação de data base para regularização coletiva. A revogação do Artigo 8 da lei complementar 173/2020, que congelava a promoção e aumento de salários para profissionais da categoria, cujo encerramento deveria ter sido em novembro de 2021. Além disso, pede o fim das terceirizações. Quem também entregou documento foi a Central Sindical, principalmente com base em problemas envolvendo a terceirização de trabalhos.
Depois das falas no Sindicato dos Metalúrgicos, Marinho se dirigiu à Prefeitura de Caxias do Sul, onde se encontrou com o prefeito Adiló Didomenico (PSDB). Mais tarde ele seguiu a Porto Alegre para encontros com lideranças locais. A agenda do ministro segue até terça-feira (21) no Rio Grande do Sul.