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Congresso da Movergs, em Bento Gonçalves, acena para momento de empresas olharem para dentro e para a frente

O evento falou sobre economia, e-commerce, posicionamento de marca e O evento falou sobre economia, e-commerce, posicionamento de marca e as diferentes gerações no mercado de trabalho

Congresso da Movergs
Euclides Longhi abriu os travbalhos com n=mensagem de otimismo | O Congresso da Movergs , em sua 32ª edição reuniu mais de 200 gestores de indústrias moveleiras do estado em Bento Gonçalves


O Congresso da Movergs , em sua 32ª edição reuniu mais de 200 gestores de indústrias moveleiras do estado em Bento Gonçalves na manhã desta terça-feira, 22 trazendo informações e indicações para o futuro imediato das empresas.

Já na mensagem inicial, o presidente da Movergs, Euclides Longhi, lembrou que um momento extremamente difícil vivido no Rio Grande do Sul está ficando para trás e é hora de se adaptar para o futuro imediato:

“Nosso Estado tem força, e as mais de 2.400 indústrias do nosso setor também”, expressou.

O economista chefe da Fiergs, Giovani Baggio, e a economista da Fecomério-RS, Giovana Menegotto, deram o start na programação com um resumo da economia global, brasileira e gaúcha.

“Na última pesquisa de sondagem industrial que divulgamos, vimos que os empresários estão otimistas e com intenção de investimentos elevada. Acreditam que a economia vai conseguir reagir nos próximos meses, e o setor moveleiro se insere nesse contexto”

, comentou Baggio. Mas tanto ele como sua colega alertaram que os gastos excessivos do Governo contém risco para o futuro próximo e que o arrocho nos juros pode ser duro, mas é muito melhor do que a volta da espiral inflacionária.

Um dos destaques na fala de Giovana foi a importância de se olhar para a gestão.

“A situação financeira se aproxima de neutro. Houve ajuste nas expectativas, mas continuam positivas inclusive para investimento e exportação. Esse é o momento de olhar para a gestão. A competitividade vai depender muito do que os empresários vão fazer dentro dos seus negócios”, frisou.

Diretor de Marketplace do Mercado Livre, Diego Araújo Santos trouxe insights de uma das plataformas mais utilizadas do país para compras on-line.

“O segmento de móveis é bastante conectado com as tendências e as compras nessa categoria costumam ter um processo mais demorado. De modo geral, oito em cada 10 buscas são feitas de forma genérica, com palavras como ‘sofá’, ‘sapateira’ e ‘mesa’, ou seja, o cliente não busca por marca. Não adianta simplesmente vender na plataforma, mas sim gerar conexões para agregar valor”, explicou.

Outro momento inspirador foi o case da marca de moda masculina Aramis, que nos últimos anos passou por reestruturação societária e reposicionamento. A ousadia para inovar foi liderada por Richard Stad, hoje CEO da companhia.

“A cultura de qualquer organização é testada nos momentos desafiadores. Se você tem clareza da sua essência, todo o resto tem que conseguir se adaptar”, destacou em sua fala. “Cultura é menos do que eu falo e do que está escrito na parede e mais pela relação das pessoas no dia a dia”, disse Stad.

O encerramento da programação ficou com o carismático Dado Schneider – professor, especialista em marketing e especialista em cooperação intergeracional. Em um bate-papo interativo, ele abordou tópicos relacionados às diferenças entre gerações.

“Choque de gerações, futuro do trabalho. Não estamos preparados para isso. Os mais velhos vêm de uma relação vertical e os mais novos estão em um momento horizontal. Uns devem aprender com os outros. Faz sentido os mais velhos, que têm mais experiência, darem o primeiro passo para o diálogo, mas com uma comunicação acolhedora”, resumiu.