Política

Deputados gaúchos querem a instalação de Usina Termoquímica no RS

Foto: Divulgação
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Em ato no Plenarinho da Assembleia Legislativa na manhã desta segunda-feira (22), foi instalada a Frente Parlamentar em Apoio à Construção de Usina Termoquímica no Rio Grande do Sul, que será presidida pelo deputado Vilmar Lourenço (PSL). O parlamentar explicou os objetivos da iniciativa e defendeu a necessidade de modernização dos processos de destinação dos resíduos sólidos urbanos.

“O lixo é um problema sério a cada dia que passa, primeiro pela carência dos municípios, aos quais compete oferecer a solução adequada”, disse Lourenço. “Mas os municípios estão falidos, e aqueles que ainda têm condições de dar destino ao lixo, estão utilizando tecnologia ultrapassada”, acrescentou.

Ele reuniu autoridades, empresários e engenheiros para explanarem os aspectos técnicos envolvidos no projeto de uma usina termoquímica no estado, que geraria energia a partir da utilização de dejetos. Participaram do ato os deputados Tenente-Coronel Zucco (PSL) e Frederico Antunes (PP), o prefeito de Boa Esperança(MG), Hideraldo Henrique Alves, o representante da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Paulo Pereira, representando o governo do Estado, o especialista em Direito Ambiental Samuel Teixeira, os engenheiros e empresários Luiz Alexandre, da empresa Eposs, Luciano Infiesta, da Carbogás, e Mauro Varallo, da Incorporação e Construção, e a professora Cristiane Bardini Dal Ponte, do Instituto de Pesquisas Ambientais da Universidade do Extremo-Sul Catarinense.

O prefeito de Boa Esperança (MG), onde está sendo construída a primeira usina termoquímica do país, parabenizou o deputado Lourenço pela criação da frente parlamentar e relatou os avanços e dificuldades enfrentados no município. Com investimento de R$ 32 milhões, a usina ocupará uma área de 7,8 mil metros quadrados, que foi cedida pela Prefeitura de Boa Esperança. O projeto deverá gerar 1MW, o que corresponde a 25% de toda energia utilizada no município.

Especialista em Direito Ambiental, Samuel Teixeira explicou os problemas causados pelo lixo no Brasil, como a contaminação do solo e a propagação de doenças. Alertou para a ameaça permanente dos lixões, “verdadeiras montanhas de material tóxico acumulado”, a produzir gases e chorume, e disse que era grande a possibilidade de acidentes e prejuízos incalculáveis aos quais as administrações públicas teriam de responder.

Representando o governo do Estado, Paulo Pereira assegurou que a Secretaria do Meio Ambiente apoiava iniciativas como a trazida pelo deputado Lourenço, assim como fazia em relação às frentes parlamentares em defesa do biogás e das PCHs, e disse que o Estado estava de portas abertas para investidores interessados em transformar dejetos em energia.