Justiça

Familiares de vítimas da boate Kiss pedem federalização do processo

Familiares de vítimas da boate Kiss pedem federalização do processo


A tragédia que aconteceu no dia 27 de janeiro de 2013, matou 242 pessoas e feriu outras 680. (Foto: Bruno Mezzomo)

Os familiares das vítimas do incêndio da boate Kiss articulam com a Procuradoria Geral da República (PGR) para que o caso seja transferido a Justiça Federal. O objetivo, segundo eles, é alcançar agentes públicos poupados pelo Ministério Público Estadual (MPE) retirando da Justiça Gaúcha a competência de julgar o caso.

Três encontros já ocorreram entre Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria e a Procuradoria Geral da República, um deles com a presença do procurador-geral Rodrigo Janot, quando foi destacado para o caso o procurador federal Ubiratan Cazetta do Pará, especialista em casos de equívocos dos Ministérios Públicos Estaduais (MPE).

Os familiares decidiram procurar Janot depois que promotores de Justiça de Santa Maria passaram a processar quatro pais por calúnia e difamação no dia 26 de junho, após o Tribunal de Justiça Gaúcho decidir por 20 votos a 2 manter a ação movida pelos promotores contra pais das vítimas.

O procurador-geral de Justiça do Rio Grande do Sul, Fabiano Dallazen, anunciou o protocolo de dois pedidos de absolvição de três pais acusados pelos promotores.

“A lei não permite pela forma da ação, que haja desistência da sanção. Legalmente isso é impossível. Uma vez desencadeada uma ação penal pública, ela precisa ir até o seu final com uma sentença, de condenação ou absolvição. Então, diante da impossibilidade de uma desistência, essa manifestação vai originar por parte do Ministério Público, um pedido expresso de absolvição dos pais que são processados”, explicou Dallazen.

O processo está em fase de apuração interna.