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Acusado do caso Marielle recebeu depósito de R$ 100 mil, aponta Coaf

Através de dados extraídos dos celulares, polícia acredita que Ronnie Lessa (esquerda) e Élcio Queiroz (direita) estiveram juntos no dia da morte de Marielle Foto: Reprodução
Através de dados extraídos dos celulares, polícia acredita que Ronnie Lessa (esquerda) e Élcio Queiroz (direita) estiveram juntos no dia da morte de Marielle Foto: Reprodução

Foi decretado pela Justiça o bloqueio de bens do PM reformado Ronnie Lessa e do ex-PM Élcio Queiroz, acusados da execução da vereadora Marielle Franco (PSOL). Pedido feito pelo Ministério Público depois que um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou um depósito de R$ 100 mil na conta de Lessa em outubro do ano passado, sete meses depois do crime.

Segundo explicou o MP-RJ, O objetivo do bloqueio é garantir recursos para que as famílias das vítimas possam ser indenizadas por danos morais e materiais. O relatório do Coaf cita ainda bens materiais de Ronnie Lessa, como uma lancha, um veículo blindado avaliado em cerca de R$ 150 mil e uma casa no condomínio Vivendas da Barra, na zona oeste, que seriam incompatíveis com a renda de um PM reformado.

A previsão é de que os acusados prestem depoimento na tarde desta sexta-feira, 15, na Delegacia de Homicídios, na Barra da Tijuca, na zona oeste da Capital. Santana, no entanto, já adiantou que o seu cliente vai ficar em silêncio e só falará em juízo. “Ele já está com a prisão preventiva decretada, por que perder tempo prestando esclarecimentos?”, questionou o advogado.