Justiça

Justiça afasta servidores envolvidos na fraude do concurso em André da Rocha

Gaeco encontrou provas da fraude no concurso público de André da Rocha (Foto: arquivo)
Gaeco encontrou provas da fraude no concurso público de André da Rocha (Foto: arquivo)
Gaeco encontrou provas da fraude no concurso público de André da Rocha (Foto: arquivo)
Idair Bedin

Depois que o o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP) abriu um inquérito de improbidade administrativa contra o ex-prefeito de André da Rocha, Idair Bedin, apontado como mandante de uma negociação envolvendo uma empresa para fraudar um concurso público na cidade, a Justiça mandou afastar cinco servidores nomeados em 2014. A decisão também suspende eventuais novas nomeações de servidores aprovados no concurso realizado em 2014, mas mantém no cargo outros servidores já nomeados pelo mesmo concurso mas que não são investigados.

A decisão é diferente daquela adotada em Bento Gonçalves, em que a decisão de anular tanto o concurso da prefeitura quanto o da Câmara, os dois sob suspeita e investigados pelo MP, resultou no afastamento de todos os servidores nomeados.

Os cinco servidores afastados em André da Rocha estão entre os denunciados por participação na fraude. Além deles e do ex-prefeito, Maicon Cristiano de Mello, sócio-administrador da empresa Instituto de Desenvolvimento em Recursos Humanos (IDRH), e Ernesto Hattge Filho também foram denunciados. Todos eles tiveram decretada a indisponibilidade de bens até o limite de R$ 500 mil. A decisão da Justiça de Nova Prata é em caráter liminar e, portanto, cabe recurso.

Entenda o caso

O MP investiga que Bedin teria pago R$ 5 mil à empresa IDRH, responsável pelo concurso, pela aprovação de cinco candidatos, em um esquema de manipulação de resultados por meio da troca de cartões também investigado em outras cidades, como Bento Gonçalves.

O ex-prefeito nega as acusações, mas o promotor Mauro Rockenbach, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), responsável pela Operação Cobertura, afirma que há provas suficientes para comprovar que houve fraude no concurso.

O grupo é denunciado por associação criminosa, já que o MP detectou a organização dos oito de forma a fraudar o concurso.