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Três famílias estão ilhadas em Barra do Rio Azul, no norte gaúcho, após enchentes

Conforme o prefeito Marcelo Arruda, as pontes que davam acessos às residências foram arrastadas com as chuvas

Três famílias estão ilhadas em Barra do Rio Azul, no norte gaúcho, após enchentes
Três famílias estão ilhadas em Barra do Rio Azul, no norte gaúcho, após enchentes


Três famílias estão ilhadas em Barra do Rio Azul, no norte gaúcho, com a cheia do Rio Paloma, que se encontra com o Rio Azul. O município teve o Centro atingido, destruindo lojas, bancos e casas da região central após a enchentes desta sexta-feira, dia 3. No último dia 13 de outubro, a cidade havia decretado situação de emergência pelos temporais. Conforme o prefeito Marcelo Arruda, as pontes que davam acessos às residências foram arrastadas com as chuvas.

“Em torno de 5 ou 6 pontes foram destruídas agora com a chuva, elas foram arrastadas e nós temos três famílias que estão sem acesso, estão ilhadas, então a gente está monitorando lá também. Assim que abaixar o rio para organizar algo de forma emergencial“, citou.

Segundo Arruda, cerca de 100 famílias foram atingidas pelas enchentes no município, porém não foram registradas mortes ou desaparecidos. O prefeito ainda citou que a Unidade Básica de Saúde do município foi destruída. “O Centro da cidade foi devastado, nós temos a nossa UBS, que foi totalmente destruída, equipamentos, medicamentos, toda a infraestrutura. Ela tinha sido reinaugurada em março deste ano”, relatou.

O chefe do Executivo ainda citou que as pessoas desabrigadas ou desalojadas estão se abrigando em parentes ou amigos, não sendo necessário que a cidade disponibilizasse o ginásio de esportes municipal.

“O bom aqui da cidade pequena é que todo mundo está oferecendo pouso ou algum familiar. Enfim, as pessoas estão se organizando, então não precisamos organizar o ginásio de esporte. As famílias preferiram ir um parente ou ir num familiar ou ir num vizinho da parte alta da cidade”, explicou. Neste sábado, o prefeito destacou que a prioridade será restabelecer o abastecimento de água, que teve a tubulação danificada com as chuvas.

No município, uma viatura da Brigada Militar (BM) e um veículo da Prefeitura foram arrastados pela força da enchente. Além disso, ao menos uma residência de madeira foi destruída com a força da água.

“O município está dois metros abaixo d’água. Eu mesmo estou ilhado aqui. Abrimos o Ginásio Municipal, mas acredito que a maioria das pessoas vai se abrigar na residência de parentes”, disse o membro da Coordenadoria Municipal da Defesa Civil, Mauro Serraglio. No último dia 13 de outubro, a Prefeitura de Barra do Rio Azul já havia decretado situação de emergência pelos temporais, porém “este foi três vezes pior”, lamenta Serraglio.

Segundo o 13º Batalhão de Polícia Militar (13º BPM), responsável pelo policiamento no município, a viatura estava estacionada em frente à sede da BM em Barra do Rio Azul quando foi arrastada. Nenhum policial ficou ferido, e o veículo ainda não foi localizado. Ele está sendo buscado com auxílio de imagens de drone. “Recebemos informações de onde ela possa estar, mais ainda não houve a confirmação, visto a impossibilidade de chegar no local”, disse o 13º BPM, por meio de nota. À tarde, uma equipe realizou buscas na região da Barragem de Itá, mas não localizaram a viatura da BM.

Outros municípios atingidos pelas enchentes

Em Barão de Cotegipe o rio também transbordou e alagou o Centro do município. Em Itatiba do Sul, município vizinho que fica em uma região mais alta, não foram registrados estragos com a enchente. Entretanto, o principal transtorno foi o abastecimento de água. Os motores pararam de funcionar na barragem da Corsan onde é feita a captação no rio Paloma. Conforme a Defesa Civil Estadual, em Tupanci do Sul, no norte, moradores de áreas de risco foram retirados de residências atingidas. Estradas na região de Erechim também estão bloqueadas. Em Nonoai, segue a situação da queda de barreira em uma via, e em Paulo Bento, houve cheia nos rios Cravo e Erechim, bem como arroios afluentes, conforme a Defesa Civil Estadual. Lavouras de trigo e cevada, além de milho, que já havia sido plantada, alagaram. Cerca de 500 pessoas do interior do município tiveram transtornos com a locomoção.

Situação parecida foi registrada em Iraí. Segundo o prefeito Antônio Vilson Bernardi, o nível do rio do Mel voltou a subir, causando estragos no interior, como danos nas plantações, nas estradas e desmoronamento em cabeceiras de pontes. “Deve ter chovido uns 250 milímetros desde quinta-feira. Até o momento, não tem ninguém fora de casa, e acredito que seguirá assim. De setembro para cá, já são incontáveis as chuvaradas. O excesso de precipitação neste ano está demais”, completou o prefeito Bernardi.

*Com informações do Correio do Povo e Defesa Civil