Caxias do Sul

Sem chapa de oposição, Marisol Santos deve ser a presidente do Legislativo de Caxias do Sul em 2024

Eleições para a Mesa Diretora da Câmara ocorrem na quinta-feira (14), em plenário, durante a última sessão do ano

Sem chapa de oposição, Marisol Santos deve ser a presidente do Legislativo de Caxias do Sul em 2024
Foto: Manuelli Boschetti/Câmara Caxias/divulgação

Sem chapa de oposição ao chamado acordo informal, a vereadora Marisol Santos (PSDB) deve ser a presidente do Legislativo de Caxias do Sul em 2024. As eleições para a Mesa Diretora da Câmara Municipal ocorrem nesta quinta-feira (14), em plenário, durante a última sessão do ano.

O trato, estabelecido entre os partidos que somaram mais votos nas eleições municipais de 2020, estabelece que, em cada ano da legislatura, essas legendas estejam no comando do Parlamento. Em 2021, o PTB (hoje, PRD) presidiu o Legislativo com Velocino Uez, seguido pelo PT, em 2022, com Denise Pessôa e, por último, o PSB, com Zé Dambrós.

Para 2024, ano que marca o fim da legislatura atual e, também, o pleito municipal para o próximo período, a Câmara estará sob a liderança do PSDB – assim como no poder Executivo, com o prefeito Adiló Didomenico e a vice-prefeita Paula Ioris. Marisol garante que seu nome está definido para ocupar o cargo da presidência pelos tucanos, uma vez que foi a parlamentar mais votada da sigla, com 4443 eleitores.

“Dentro do PSDB, a decisão já está tomada desde o início da legislatura, levando-se em conta a maior votação da bancada”, ressalta.

Quanto à expectativa para a eleição da Mesa, Marisol afirma que “temos conversado e o entendimento das maiores bancadas (acordo informal) se mantém, sim”.

A dois dias da definição, a vereadora revela que as outras posições da chapa para a Mesa Diretora ainda não estão confirmadas. A exceção é Adriano Bressan (PRD), que deve ser o 1° vice-presidente. Resta acatar os responsáveis pelos cargos de 2º vice-presidente, 1° secretário e 2° secretário. Em algum deles estará o atual chefe do Legislativo, Zé Dambrós.

“Algumas conversas ainda estão pendentes. Há a definição do Vereador Adriano Bressan como primeiro vice-presidente e a participação do atual presidente Dambrós na composição, ainda sem posição definida”, disse a tucana.

Sem oposição, até o momento

Debates acalorados e uniões conforme os espectros políticos de cada vereador são componentes evidentes nesta legislatura (2021-2024). Não somente os projetos foram alvo dessas discussões, mas as próprias eleições para a Mesa Diretora. Desde o primeiro ano, houve a formação de chapas de oposição ao conjunto de parlamentares selecionados pela coalizão das bancadas mais votadas.

Para a escolha desta quinta, até o momento, não há registro da articulação de uma candidatura alternativa à de Marisol Santos.

“Não tenho conhecimento de que haja uma chapa de oposição. Se houver, a gente sabe que é democrático, que faz parte do processo. Ao contrário de anos anteriores, não há uma movimentação tão clara nesse sentido”, conta a psdbista.

Candidato a presidência do Parlamento em 2021, contra Velocino Uez, e nas últimas eleições, contra Zé Dambrós, o vereador Alexandre Bortoluz (Progressistas) confessa que não sabe de movimentações com este intuito, desta vez. Para a Mesa de 2022, Gladis Frizzo (MDB) liderou a chapa concorrente.

“Não tenho conhecimento. Se tiver oposição, ninguém me falou nada”, complementa Bortoluz.

O mesmo é assegurado pelo diretor-geral da Casa, Ricardo Weber, que reforça que apenas a chapa de Marisol tem se colocado para a disputa. Weber observa que, em qualquer cenário, seja com uma ou mais equipes concorrentes, a dinâmica de votação se mantém.

“O rito é o mesmo independente do número de chapas. Todos os candidatos a presidente tem um tempo para defenderem, na tribuna, a sua candidatura e, posterior a isso, é colocado em votação”, explica.

Últimas sessões do ano

Correndo contra o tempo, os vereadores votam dezenas de projetos, tanto da Casa, quando do Executivo, na reta final do ano legislativo. Restam dois dias: quarta, 13 de dezembro, e quinta, 14 de dezembro. No cronograma, deve-se acrescentar ainda a escolha para as comissões permanentes, fator que também influencia na seleção dos parlamentares ocupantes da Mesa Diretora.

O presidente da Câmara, Zé Dambrós, afirma que ainda “estão chegando projetos”, e que ao menos três sessões extraordinárias devem ser convocadas para dar conta de todas as matérias. Confira os projetos que estiveram em pauta na plenária de hoje.

“Estão chegando projetos ainda: doação de terrenos para Minha Casa Minha Vida, isenção de IPTU. Chegou a PPP da Educação Infantil. Vou chamar uma (sessão) extraordinária quarta de manhã para votar nomes de ruas, tudo de manhã. Vou chamar duas extraordinárias para votar os projetos do Executivo, e também de vereadores”, pontua o socialista.

A partir do dia 15 de dezembro, o Legislativo entra em recesso, sendo realizadas apenas sessões representativas. A posse da próxima Mesa Diretora está prevista para o dia 2 de janeiro de 2024.