Caxias do Sul

Protocolados pedidos de cassação do mandato do vereador Sandro Fantinel em Caxias do Sul

Pedido de cassação foi assinado pelo ex-vice-prefeito Ricardo Fabris, e o pedido de investigação pelo PDT

Inicia nesta sexta-feira os depoimentos do caso “Sandro Fantinel”, em Caxias do Sul
(Foto: Bianca Prezzi/Câmara de Vereadores de Caxias do Sul)

*Reportagem: Marcos Cardoso e Fábio Carnesella

A Câmara de Vereadores de Caxias do Sul recebeu, na manhã desta quarta-feira (1º), dois pedidos de cassação do mandato do vereador Sandro Fantinel (Patriota). A solicitação de cassação foi assinada pelo ex-vice-prefeito Ricardo Fabris, já o Partido Democrático Trabalhista (PDT), através da presidente municipal Cecilia Pozza protocolou um pedido de investigação na Comissão de Ética.

Conforme o documento do PDT, obtido pela reportagem do Portal Leouve, o partido se baseou nas falas de Fantinel furante a sessão de terça-feira (28), na qual proferiu falas xenofóbicas contra baianos expostos a trabalho análogo à escravidão em Bento Gonçalves.

“Não podemos, em hipótese alguma, compactuar com as manifestações de preconceito, discriminação, racismo ou xenofobia. Sabendo que as declarações não representam o pensamento do Legislativo, muito menos dos caxienses e dos moradores da Serra Gaúcha, que tão bem acolhem os migrantes, entendemos ser de extrema importância que esse caso seja debatido por meio da Comissão de Ética”, afirmou.

Já Fabris se baseia em dois fundamentos para a cassação do mandado. A primeira de pronunciamentos de Fantinel em 17 de novembro de 2022, quando se referiu a um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) como pedófilo, acusando sem dar nomes de “participar de orgias com menores no exterior”. Além das falas xenofóbicas.

“Mais do que xenofóbicas, racistas e preconceituosas ao extremo, Caxias do Sul já vem sofrendo muito com isso devido a esse tipo de atitudes dos nossos representantes”, afirmou Fabris em entrevista ao repórter Fábio Carnesella. Ele também falou de denúncias de parlamentares caxienses que andaria armados dentro da casa. “E que seja encaminhado ao Ministério Público para que tome providências, dada, em tese o cometimento de crimes de xenofobia, racismo e de calúnia no caso da referência dos ministros do STF”, falou.

Após o recebimento, a Comissão de Ética da Câmara tem até três sessões para se pronunciar, aceitando ou não. Na manhã desta quarta, Sandro Fantinel não compareceu a sessão. Conforme informações do repórter Fábio Carnesella, ele teria dado entrada em uma casa de saúde do município.