TRÁFICO DE DROGAS

Professora indiciada por vender bolos recheados com maconha em escola de Estância Velha é demitida

Análise da perícia confirmou a presença da substância na sobremesa. Prefeito publicou vídeo em que comunica, de forma irônica, a exoneração nesta quinta-feira (19)

Professora indiciada por vender bolos recheados com maconha em escola de Estância Velha é demitida
Foto: Polícia Civil / Divulgação

Uma professora de 34 anos indiciada por vender bolos de chocolate recheados com maconha em uma escola de Estância Velha foi demitida. A decisão foi publicada nesta quinta-feira (19), no Diário Oficial do município do Vale dos Sinos, como resultado de um processo administrativo.

A servidora dava aula para turmas de anos iniciais. Ela estava afastada desde julho, quando os fatos foram denunciados.

O prefeito Diego Francisco (PSDB) publicou nas redes sociais, em tom irônico, um vídeo em que comunica a assinatura da exoneração da professora.

No vídeo, o chefe do Executivo está sentado, com um bolo de chocolate sobre a mesa. Durante a fala, é reproduzida, como trilha, uma música de Bob Marley: “Tô na hora do lanche aqui na prefeitura, comendo um bolinho. E quero dizer que esse aqui não é batizado“, disparou.

“Quero dizer a vocês que a comissão decidiu pela demissão desta pessoa e eu vou acatar o pedido. Não vamos tolerar situações como essas aqui em nosso município“, afirmou Diego Francisco.

“Vendia para colegas de trabalho e amigos”

De acordo com o delegado de Polícia de Estância Velha, Rafael Sauthier, a perícia confirmou a presença de THC (Tetrahidrocanabinol) — uma das substâncias encontradas em plantas do gênero Cannabis — nos doces produzidos pela acusada.

A professora foi indiciada por tráfico de drogas e o inquérito policial foi remetido à Justiça no último mês de outubro. A mulher é ré desde o início de dezembro após o Tribunal de Justiça do município aceitar denúncia do Ministério Público (MPRS).

“Os bolos eram vendidos na escola, só que não para alunos, até porque os alunos eram pequenos. Ela vendia os bolos para colegas de trabalho, amigos. Ela guardava os bolos no armário da escola, mas por vezes botava numa sacola e levava para casa no carro”, explicou o delegado responsável pelo caso.

Sauthier detalha que o comércio de bolos adulterados foi descoberto por meio de uma faxineira da escola. A funcionária teria comprado o produto adulterado e levado até a diretora que, “chocada”, acionou o secretário municipal da Educação e a Guarda Municipal.

Foram encontrados cinco pedaços do bolo em um armário do colégio, que foram apreendidos e encaminhados para a análise da perícia, a qual confirmou a presença de maconha na sobremesa.