A Prefeitura de Farroupilha, em edição extra do Diário Oficial, publicou a exoneração do servidor Cristian Tonin, de 38 anos, após a divulgação de que ele teria forjado o próprio sequestro. O despacho é assinado pelo prefeito Fabiano Feltrin.
Ele foi preso pela Polícia Civil de Florianópolis durante a quarta-feira (31) portando três armas de fogo. Para elucidação do caso, foram mobilizadas delegacias do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
Conforme as informações repassadas pela Polícia Civil, logo após o registro do desaparecimento, por volta das 21h10min da terça-feira (30), os trabalhos de investigação iniciaram.
Durante a manhã da quarta-feira (31), enquanto a companheira de Tonin prestava depoimento na DP, um número de área de cobertura 48 (Santa Catarina) ligou para ela fazendo um pedido de resgate pois, supostamente, havia sequestrado seu marido.
Diante disso, a investigação passou a tratar o caso como Extorsão Mediante Sequestro em que Cristian seria a vítima do sequestro e a companheira dele vítima da extorsão.
As investigações descobriram que Cristian comprou passagem na rodoviária de Farroupilha às 15h59min da terça-feira (30), foi até Bento Gonçalves, onde posteriormente pegou outro ônibus para Porto Alegre e, por volta das 23h, embarcou para Florianópolis.
Descobriu-se que o até então desaparecido havia comprado uma passagem de retorno para Porto Alegre durante o início da tarde desta quarta-feira (31). Logo, a Polícia Civil de Santa Catarina foi acionada e fez abordagem de Cristian que já tinha embarcado no ônibus com destino ao Rio Grande do Sul.
Durante a revista pessoal foi constatado que ele estava em posse de três armas de fogo cujo registro consta em seu nome, todavia ele não possui o porte.
Em depoimento, Tonin admitiu que tinha dívidas em Farroupilha. Ele contou que algumas pessoas deram dinheiro para ele para que fossem feitos investimentos, porém, sem o retorno devido dos valores, ele teve a ideia de fugir.
Ele segue preso acusado de extorsão e porte ilegal de arma de fogo. Como a prisão em flagrante foi feita em Santa Catarina, o Judiciário local decide se ele permanece preso, no estado vizinho ou no RS, ou se pode responder em liberdade.