Comportamento

Praça adaptada para autistas e pessoas com alguma deficiência pode virar realidade em Farroupilha

Projeto seria executado na Praça da Bandeira

Praça
Foto: Cristiano Lemos/GrupoRSCOM

Os vereadores de Farroupilha aprovaram por unanimidade, nesta terça-feira (22) o requerimento que aponta pela adaptação de uma praça de lazer para pessoas com deficiência física ou psicossocial.

Estimulados a analisar o tema por conta dos recentes relatórios apresentados pela ONU, IBGE e Secretaria da Saúde, quanto ao crescimento de crianças identificadas com algum nível de autismo, os vereadores das bancadas do PDT, PSB e Republicanos sugerem que a Praça da Bandeira seja modelo de espaço público adaptado a pessoas com deficiências.

Conforme o vereador Roque Severgnini, que apresentou a proposição, o trabalho foi realizado em conjunto com as associações que atendem a essas pessoas na cidade. Amafa, Apae, Amdef e Afadev foram consultadas e apontaram quais as necessidades a serem inseridas na praça.

A Diretora da Amafa, Aline da Rosa, comentou ao Grupo RSCOM sobre a proposta e como o espaço auxiliaria as pessoas com o espectro autista.

Nós enquanto Amafa estamos muito contentes com esse projeto apresentado, Porque ele vai trazer grandes benefícios. Eu acredito que Farroupilha será o município pioneiro em apresentar uma praça sensorial para todos que precisam. Muitas vezes se vai em uma praça e o autista, ou uma pessoa com uma outra deficiência intelectual não consegue ter esse acesso a ela, a essa experiência sensorial. Então é algo inovador e que eu acredito que terá um retorno muito positivo“, disse.

A ideia é que o local seja de terreno plano, sem obstáculos, com espaço sensorial, pista e muro tátil; e piscina de bolinhas de cores contrastantes com foco nas pessoas com baixa visão e autismo, além de brinquedos adaptados para deficiência física e acompanhamento de profissional capacitado para atendê-los.

Em Farroupilha, o número de atendimentos de autismo infantil passou de 378 em 2021 para 750 neste ano, alcançando a segunda maior causa de atendimentos relacionados a saúde mental na cidade.

No Brasil, a ONU estima haver dois milhões de pessoas com espectro autista, dado que se tornou relevante inclusive na análise do Censo Demográfico.

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