
Caxias do Sul - A Polícia Federal concluiu na terça-feira (19) a segunda fase da Operação Elísios, que investiga o assalto cinematográfico a uma aeronave pagadora no Aeroporto Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul, ocorrido em junho de 2024. O avião transportava R$ 30 milhões em espécie quando foi atacado durante o pouso por uma quadrilha fortemente armada.
No momento da abordagem, criminosos abriram fogo contra os vigilantes responsáveis pela segurança do numerário. O confronto terminou com a morte de um policial da Brigada Militar (BM) e a fuga dos assaltantes com R$ 14 milhões em dinheiro. A ação chamou a atenção pela ousadia e logística envolvida.
Com a conclusão do segundo relatório, a PF indiciou mais 22 pessoas, que se somam aos 17 já identificados na primeira fase da operação. Os indiciados responderão por uma longa lista de crimes, incluindo latrocínio, organização criminosa armada, uso de armas de uso restrito, lavagem de dinheiro, explosão, falsificação de símbolos e identidade, adulteração de veículos e usurpação de função pública.
Investigação e Indiciamentos
A investigação revelou que os criminosos usaram fardas falsas, veículos clonados e documentos adulterados para simular uma operação policial e garantir acesso à pista do aeroporto. Parte do grupo foi presa durante cumprimento de mandados em diversos estados, e a PF informou que as diligências continuam.
A Operação Elísios é considerada uma das maiores ações policiais recentes contra o crime organizado especializado em roubos a transporte de valores no país. Segundo a corporação, o objetivo agora é localizar o restante do dinheiro e prender os foragidos.
Próximos Passos da Polícia Federal
A Polícia Federal não divulgou os nomes dos indiciados, mas confirmou que entre eles estão integrantes com passagem por crimes semelhantes e suspeitos de envolvimento em outras ações violentas contra instituições financeiras no Sul e Sudeste do Brasil.