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Polícia Civil prende mandantes de crimes em três cidades do RS

Polícia Civil prende mandantes de crimes em três cidades do RS


O Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil deflagrou na manhã desta quinta-feira, dia 7, a operação Epsilon com o objetivo de cumprir dez mandados judiciais de busca e apreensão e outros três mandados de prisão no bairro Restinga, em Porto Alegre, além de Capão da Canoa e na Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ) em Charqueadas.

A ação foi comandada pelo titular da 4ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (4ª DPHPP), delegado Rodrigo Pohlmann Garcia. Os alvos foram os envolvidos na execução de um indivíduo morto a tiros na madrugada do dia 16 de maio deste ano no beco 8 da rua Treze de Maio, no bairro Restinga.

Entre os presos na ação está o mandante do crime. Trata-se de um apenado que exerce a liderança de uma facção criminosa que atua na região do bairro Restinga. Ele determinou a execução da vítima por meio de uma ligação de telefone efetuada no momento do crime. O detento cumpre pena há cerca de 16 anos na PEJ, mas permanece ativo no comando do narcotráfico na área.

O segundo alvo, apontado como um dos executores da vítima, também encontra-se recolhido na PEJ, após ter sido detido em flagrante por tráfico de drogas no dia 23 de junho passado, 38 dias depois do homicídio. Já o terceiro investigado não foi localizado e está foragido. “Há possibilidade de que outros indivíduos tenham participado do homicídio”, observou o delegado Rodrigo Pohlmann Garcia.

CONFIRA AS INVESTIGAÇÕES DA POLÍCIA CIVIL

“Os envolvidos foram até a residência da vítima e a chamaram, pediram que ele saísse de dentro da residência e que abrisse o portão, pedido o qual ele se negou atender, em seguida um dos envolvidos sacou uma pistola e, atendendo a determinação da liderança, efetua diversos disparos na vítima”, relatou o titular da 4ª DPHPP.

“A execução foi realizada na frente da genitora da vítima, de sua esposa e filho pequeno, os quais foram ameaçados de sofrerem o mesmo fim, se algo fosse revelado à polícia. No outro dia, indivíduos da mesma facção estiveram na residência e expulsaram toda a família, a qual acabara de voltar do enterro da vítima”, contou.

“Apenas foi permitido pegarem roupas que o filho pequeno usava, o restante foi furtado pela facção, inclusive, se apoderaram dos animais de estimação que a família possuía e que pertenciam à vítima, cinco cavalos, bem como ficaram com a receita do recolhimento de latinhas, entre outros objetos, que haviam na casa e que servia para o sustento da família”, acrescentou o delegado Rodrigo Pohlmann Garcia. A investigação da 4ª DPHPP apurou que “a vítima não queria mais se envolver com o tráfico de drogas, algo que não é aceito pelo grupo criminoso”.

A operação contou com o apoio das outras DPHPPs da Capital, da Delegacia de Desaparecidos, da DP de Capão da Canoa e da Brigada Militar, cujo efetivo atua na PEJ.