O Instituto Geral de Perícias do Estado do Rio Grande do Sul realizou na tarde/noite desta segunda-feira, dia 29, a reconstituição de um dos crimes mais bárbaros de Caxias do Sul nos últimos anos.
O assassinado de Simone Maria Almeida da Costa, 40, e a neta Emili Eduarda Costa dos Santos, de dois anos, ocorrida no dia 29 de novembro de 2015, no bairro Fátima.
A reconstituição do crime foi feito a pedido da defesa de Claudinei Batista de Oliveira, apontado por testemunhas como sendo o autor da morte da ex-sogra e também da menina de dois anos, que era filha de Camila Eduarda Costa da Silva, ex-companheira do suspeito do crime.
Os advogados sustentam a tese de que o Claudinei não foi o autor do duplo homicídio e que nem estaria no local do crime na noite em que aconteceram as mortes.
A defesa tenta mostrar também através da reprodução simulada dos fatos, que as testemunhas que teriam visto o acusado no local do crime, não teria como afirmar que o reconheceram, devido a escuridão e as condições meteorológicas do local.
A reconstituição foi coordenada pelo Departamento de Criminalística do IGP, com o apoio da Delegacia de Homicídios e Desaparecidos de Caxias, que auxiliou com a estrutura, segurança e informações para a realização dos trabalho.
Relembre o caso
O crime ocorreu em uma das casa do beco Miguel Barbosa, na rua Dr. Henrique Fracasso. De acordo com a polícia, avó e neta foram mortas por Claudinei Batista de Oliveira, conhecido como Garrafão, ex-companheiro da filha de Simone.
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De acordo com a denúncia feita pela Promotoria de Justiça Criminal de Caxias, Claudinei matou a ex-sogra e a filha da ex-mulher, de apenas dois anos, a golpes de faca.
De acordo com a investigação, na ocasião, Claudinei, que fora companheiro de Camila Eduarda Costa da Silva, 22 anos, se dirigiu até a residência da ex-sogra. Chegando lá, entrou na casa e, com uma faca, atacou a criança e a avó até suas mortes.
Simone levou 27 facadas, enquanto que a criança foi esfaqueada 15 vezes, uma delas na parte frontal do pescoço. Segundo a denúncia, assinada pelo Promotor de Justiça Rodrigo de Oliveira Vieira, os crimes foram cometidos por motivo torpe (vingança), já que Camila havia rompido a relação amorosa com Claudinei e se recusava a reatar o relacionamento.
Além disso, os crimes também foram cometidos por meio cruel, recurso que dificultou a defesa das vítimas e contra mulheres, por razão da condição de sexo feminino, envolvendo violência doméstica e familiar. O denunciado, já condenado por roubos e estelionato. Claudinei está preso preventivamente no Penitenciária Estadual do Apanhador aguardando o juri que deve acontecer ainda nesse ano.
Protesto
Um pouco antes de iniciar a reconstituição do crime que vitimou vó e neta, familiares protestaram em frente ao endereço onde aconteceram as mortes. A manifestação chamou a atenção para o pedido de justiça no caso e também para a morosidade do processo.
