A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar as causas da queda do avião de pequeno porte ocorrida, na tarde desta quinta-feira (1º), em Eldorado do Sul. A aeronave, de prefixo PU-MMM, caiu em um banhado dentro de uma plantação de arroz, perto da estrada Santa Maria. O piloto, de 48 anos, morreu no local e o passageiro, de 52, ficou gravemente ferido.
O sobrevivente, encaminhado ao hospital de Guaíba, teve de ser transferido para o setor de emergência Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre. O HCR comunicou que foram identificadas uma fratura de fêmur e escoriações na vítima, que aguarda pela cirurgia, em um quarto.
“Fomos no local e acionamos todas as perícias. Quais os próximos passos? Colher o depoimento do sobrevivente, fazer todo o levantamento técnico relacionado à aeronave, obter respostas das perícias realizadas…”, adiantou, nesta sexta-feira, o delegado Rodrigo Caldas.
Ele destacou que aguarda os laudos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) da Aeronáutica. “Vamos fazer contato com a torre de comando e do aeródromo localizado ali perto para saber o teor das conversas entre o piloto que faleceu e o controlador”, observou. “O sobrevivente não corre risco de morte, apesar de ter múltiplas fraturas. Não foi possível ouvi-lo ainda…”, acrescentou.
Na manhã desta sexta (2), a equipe do IGP, responsável pela perícia em acidentes de trânsito, voltou ao local da queda do avião. O trabalho dos peritos, que deve apontar as causas do acidente aéreo, começou ainda na quinta-feira, avançando inclusive no período noturno.
A ocorrência mobilizou, em um primeiro momento, a polícia (31ºBPM) e Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul. O tenente Paulo Eduardo Farias, do 8º Batalhão de Bombeiros Militar (8ºBBM) de Guaíba, explicou que o trabalho da unidade terminou ainda na quinta-feira. “Nossa parte é só com o sinistro. A parte operacional já fizemos”, frisou.
O tenente Edenaldo Sadowski, do 31º BPM, elogiou o resgate do sobrevivente, chamando de ‘heróica’ a atitude dos soldados, que “adentraram na água misturada com querosene de aviação para proceder o salvamento de um tripulante que ainda estava com vida”. “Colocaram suas vidas em alto risco para resgatar aquele cidadão”, destacou, lembrando que havia risco de explosão a qualquer momento. “Havia muito vazamento de combustível na água e um forte cheiro. Mesmo assim esses policiais não mediram esforços e colocaram suas vidas em risco para salvar o próximo. Fica aqui minha continência e respeito a esses profissionais”, complementou o oficial da Brigada Militar.
Fonte: Rádio Guaíba / Correio do Povo