Pianista de São Paulo lança álbum autoral com piano customizado em Garibaldi

Design, arte e música sempre tiveram uma relação muito próxima ao longo da história. E, quando unimos a sensibilidade do piano, um dos instrumentos mais delicados e intensos, com a simetria perfeita de um móvel fabricado com a perfeição dos detalhes, nasce o que chamamos de uma verdadeira obra de arte. Esse é o caso do piano batizado de Fênix. O sonho de uma pianista brasileira, reconhecida internacionalmente, Juliana D’ágostini, de São Paulo, desenhado pela Designer Cirlene Reco, do Espírito Santo, e tecido pela empresa Starmobile Design, de Garibaldi.

A criação da base do piano desmontável para acoplar o piano digital, elaborado para o álbum autoral de Juliana, o “Vida em Preto e Branco”, demorou mais de um ano para ficar pronta. Foi uma encomenda um tanto diferente para a fábrica, que atua há mais de 10 anos no ramo de móveis. Conforme Ademir Agatti, proprietário do empreendimento, apesar de desafiador o resultado do projeto foi extremamente gratificante.

“A ideia do piano começou em 2020, quando a Cirlene Reco nos apresentou a proposta do piano para a Juliana. O nosso desafio foi um pouco maior, na questão do desenvolvimento, a produção, por ser a primeira peça, um tanto complexa. Demorou quase um ano para ficar pronto, mas o resultado final foi bem interessante. O nosso segmento que segue a linha da fabricação de cadeiras, poltronas e mesas, foi desafiado a desenvolver um piano. No entanto, somos movidos por desafios. Inclusive, no desenvolvimento dele conseguimos descobrir algumas alternativas pra nossa linha de mobiliários”, conta.

Mas, assim como toda boa obra, a composição dessa história iniciou com a inspiração de Juliana D’Agostini. Aos 36 anos, 30 deles dedicados à música, ela é reconhecida como uma das mais importantes pianistas da atualidade. A artista  acumula importantes prêmios internacionais e passou pelas mais prestigiosas escolas de música clássica do mundo, dentre elas a Juilliard School – Nova Iorque, New England Conservay – Boston, Conservatorie de Paris, Hochschule für Musik “Hanns Eisler” – Berlin, Arizona State University – Arizona e USP no Brasil. Determinada, o caminho percorrido para atuar em salas de concerto como o Carnegie Hall exigiu dedicação e disciplina daquela menina que aos cinco anos foi considerada uma criança prodígio.

A discografia da artista abrange obras de grandes compositores como Chopin, Liszt, Grieg, Cesar Franck, Villa-Lobos, Vieuxtemps, Stravinsky, Rachmaninoff, Fauré e Nino Rota, que são defendidos com convicção e excelência técnica. O projeto “crossover” de D’Agostini cria pontes musicais entre a música erudita e outros estilos, obtendo assim novos significados, perspectivas e caminhos para sua obra com participação de: Projota, Sepultura, Leo Maia, Mc Garden, Mano Walter e Paul Pesco produzidos por Jerry Duplessis Wonda.

O VOO DA FÊNIX 

Inspirada pelos grandes gênios da música, Juliana assumiu o compromisso de transmitir o legado destes renomados compositores à nova geração. No entanto, ao mesmo tempo, a pianista apresenta seu novo trabalho, o “Vida em Preto e Branco”. O projeto autoral contou com a gravação de um DVD. Na cena, a delicadeza e intensidade de Juliana ficam ainda mais marcantes com a presença do piano Fênix, desenvolvido justamente para transmitir em arte a trilha sonora produzia pela artista.

“Quando eu comecei a criar esse projeto de músicas autorais, eu queria explorar outros timbres. Eu sou endorser Casio, e acompanho a evolução dos equipamentos. Teve um lançamento, eu fiz a campanha da Casio. Falei, esse equipamento tem que estar num show, mas ele precisa ter a mesma presença de um piano de palco. Assim, busquei a Designer Cirlene Reco, falei sobre a minha ideia. Após, ela me apresentou à Starmóbile, de Garibaldi e nasceu o piano Fênix”, destaca. 

A designer responsável pela criação do desenho da base do piano, Cirlene Reco, explica que a inspiração veio da Fênix, uma ave da mitologia grega que simboliza o renascimento. “Ela pediu uma peça com característica de obra de arte e que pudesse ser desmontada, para facilitar o transporte. Mas, com as mesmas dimensões de um piano de cauda. Eu fui me inspirando, levantei algumas informações sobre a personalidade dela, até que cheguei no desenho de uma Fênix, uma belíssima ave da mitologia grega”.